HC adquire novos ventiladores pulmonares não-invasivos


Mais conforto para o paciente e facilidade para o profissional de saúde, são algumas das qualidades dos novos ventiladores pulmonares não-invasivos (NIV) compactos, adquiridos pelo Hospital de Clínicas da Unicamp para a Unidade Respiratória do hospital. São cinco equipamentos do modelo Carina da empresa Dräger, que totalizaram R$ 145.000,00 provenientes de convênio do Programa de Estruturação da Rede de Atenção Especializada do Ministério da Saúde. O montante foi assegurado ao HC em 2013 e os aparelhos serão utilizados na UTI Pediátrica.

A aquisição dos equipamentos NIV, segundo o superintendente João Batista de Miranda, tem o objetivo de aumentar a quantidade de ventiladores respiratórios no hospital, além de modernizar os procedimentos. Segundo ele existe também, uma programação de compra com recursos de emendas parlamentares de cerca de 30 novos respiradores invasivos. Atualmente, o HC possui uma demanda diária para pacientes de aproximadamente 120 aparelhos respiradores invasivos e detém em seu parque tecnológico 102 equipamentos. “Com as novas aquisições o HC deixará de alugar respiradores gerando mais economia para a instituição”, explica Miranda.

De acordo com Rosana Decanini, enfermeira responsável pela Unidade Respiratória do HC, os novos ventiladores podem trabalhar com duas pressões respiratórias: uma inspiratória (mais alta) e outra expiratória (mais baixa), não invasivo ou invasivo. “São utilizados em pacientes que necessitam de uma ventilação pulmonar não invasiva e que apresentam casos não graves. Um diferencial tecnológico é que também pode ser utilizado para ventilação invasiva, quando um tubo é colocado através da traquéia”, detalha Rosana.

Fabrício Linhares, engenheiro clínico do Centro de Engenharia Biomédica, afirma que a ventilação não invasiva tem como objetivo fornecer ao paciente uma troca gasosa adequada, além de reduzir o seu trabalho de respiração, evitando a evolução de um quadro de falência respiratória. “O modelo de respiração adquirido gera um fluxo de ar ao paciente, mantendo a pressão de suas vias aéreas sempre positiva, evitando seu fechamento ou estreitamento, que dificultaria a respiração”, esclarece.

Os ventiladores do modelo Carina são compactos e fáceis de serem transportados, para poder otimizar o fluxo de trabalho dos profissionais de saúde. Além disso, são capazes de reconhecer mudanças das condições pulmonares, proporcionando um melhor sincronismo do equipamento com a respiração do paciente, conclui Rosana. “Os níveis de pressão são alternados de acordo com o ciclo respiratório, trazendo ao paciente um maior conforto ao respirar, o que ajuda a otimizar sua demanda ventilatória”.

O equipamento permite um funcionamento quase sem ruídos (max. 40 dBA), proporcionando aos pacientes um ambiente de recuperação calmo. Possui tela de 5,4 polegadas com alta resolução, que mostra as informações personalizadas de acordo com suas necessidades. A bateria interna fornece energia para uma hora.

Caius Lucilius com Isabela Mancini – Assessoria de Imprensa HC