ANVISA e CONITEC avaliam cirurgias com próteses 3D de titânio realizadas no HC


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) estão avaliando as pesquisas sobre o processo de prototipagem de próteses de titânio realizadas pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Biofabricação (Biofabris), sediado na Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, bem como os procedimentos cirúrgicos realizados pela equipe de cirurgia plástica e de neurocirurgia do HC da Unicamp.

A reunião ocorreu em Brasília, na sede da instituição,  com a presença do engenheiro mecânico André Jardini e do professor da FCM, Paulo Kharmandayan. O Hospital de Clínicas da Unicamp já realizou até o momento, nove cirurgias de reconstrução cranio-facial com o uso de placas de titânio.

De acordo com o docente e cirurgião plástico Paulo Kharmandayan, a intenção da reunião foi estabelecer protocolos para a adoção num futuro próximo, do procedimento em alguns hospitais de referência no Brasil, através do SUS e de serviços privados, utilizando como modelo todas as técnicas empregadas pelo Biofabris e pelo HC da Unicamp. Também será avaliado como o Food and Drug Administration (FDA-EUA) e outros órgãos internacionais estão tratando do tema. Um dos resultados da reunião será a realização de um seminário no segundo semestre para debater o assunto com especialistas brasileiros e estrangeiros.

Segundo o engenheiro mecânico André Jardini, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Biofabricação (Biofabris), sediado na Unicamp, a reunião foi promissora. “O sucesso do protocolo das cirurgias está sendo positivo e se deve ao trabalho multiprofissional de engenheiros, médicos e físicos, e para um futuro próximo ganhará força ao se tornar multiinstitucional”, lembra Jardini que é pesquisador sênior do Instituto BIOFABRIS.

“Quando importamos o equipamento que produz as placas de titânio, conhecido como sinterizador direto de metal por laser, ele não vem com manual de aplicações para os estudos e pesquisas, especialmente para uso medicinal. Tudo fomos nós que desenvolvemos e aperfeiçoamos nesses sete anos de projeto”, destaca Kharmandayan. O cirurgião do HC da Unicamp reafirmou aos técnicos da ANVISA, que a equipe está pronta para treinar outras equipes de hospitais e centros de pesquisa, quando os protocolos estiverem padronizados pela Agência.

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Caius Lucilius com Isabela Mancini – Assessoria de Imprensa HC