A Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp inaugurou, nesta quinta-feira (20), os novos Laboratórios de Atividades Práticas do Departamento de Patologia de Clínica e do curso de Farmácia e o novo espaço físico Centro de Controle de Intoxicações (CCI). O Laboratório de Aulas Práticas do curso de Farmácia fica na antiga sala de aula do “Paulistinha”. O Laboratório de Atividades Práticas do Departamento de Patologia Clínica e o CCI ficam juntos, no andar superior do prédio da Patologia Clínica. O acesso a todos os espaços inaugurados é pela alameda de acesso ao Hospital de Clínicas, próximo ao Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
O coordenador do Departamento de Patologia Clínica da FCM, Roger Frigério Castilho, disse que a construção do pavimento superior do Departamento começou em 1995, na mesma época em que se iniciou a ampliação do laboratório de patologia clínica, no piso inferior do prédio. Na época, Castilho era aluno do curso de medicina e se lembra de quando colocaram os tapumes para início das obras. A ampliação do laboratório terminou em 1999.
“Essa nova ampliação vem atender uma demanda do Departamento de Patologia Clínica desde que ele foi criado. O espaço para aulas práticas e clínicas e ficou mais evidente com a implantação do curso de Farmácia”, disse Castilho. O laboratório de patologia clínica realiza 200 mil exames mensais de rotina.
A história do Centro de Controle de Intoxicações é mais antiga. Começou em 1982 na Santa Casa de Misericórdia de Campinas e depois passou a funcionar dentro do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. O primeiro coordenador foi o médico Ronan José Vieira, presente na solenidade de inauguração. Segundo Ronan, desde o início havia o interesse de criar um laboratório de patologia clínica dentro do CCI, mas isso era um problema difícil de resolver, pois os exames eram ocasionais e havia restrições econômicas para os reagentes químicos e equipe de trabalho. “Hoje, passados 27 anos e pensando como tudo começou, para mim, aquilo que tem crescimento lento e demora para se formar, tem, quase sempre vida longa e futuro. É mais resistente. Um centro como este precisa se aglutinar, não pelo poder ou pelos recursos, mas pelos interesses em comum”, comentou Ronan.
O atual coordenador do CCI, Fábio Bucaretchi, lembrou que o Centro atende cerca de cinco mil casos por ano e faz 1500 profilaxias antirrábicas por ano. Comparado a países do primeiro mundo, como os EUA, a estrutura do CCI tem, capacidade para atender até 40 mil atendimentos por ano, afirmou Bucaretchi. “Dados internacionais mostram que para cada dólar investido num centro de intoxicações, o retorno social é de seis dólares. Nós temos vivência clínica e excelentes profissionais para atender uma região de cinco milhões de habitantes que responde por 10% do produto interno bruto (PIB)”, disse Bucaretchi.
O coordenador pela FCM do curso de Farmácia da Unicamp, Stephen Hyslop, disse que a inauguração dos novos espaços vai ‘desafogar’ os alunos do curso e intensificar a ligação com a patologia clínica e com o CCI, nas áreas de toxicologia e análises clínicas. O espaço poderá ser usado pelos alunos dos Institutos de Biologia e Química que dividem, com a FCM, a coordenação do curso.
O diretor a FCM, José Antônio Rocha Gontijo, salientou que ampliar e qualificar o curso de Farmácia é cumprir com a obrigação de torná-lo o melhor do Brasil. De acordo com Gontijo, o curso de Farmácia é o quarto ou quinto na demanda do vestibular da Unicamp. “O CCI assumiu a formação em toxicologia dos alunos do curso de Farmácia e o curso de Farmácia, por sua vez, ajudou a consolidar o espaço físico do CCI. E a integração com a patologia clínica reforça o esforço da Faculdade e da reitoria em formar seus egressos”, disse Gontijo.
Edimilson Montalti (texto), Divulgação FCM (fotos) e Luís Paulo Silva (edição das imagens)
Assessoria de Imprensa da FCM Unicamp e ASCOM