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Cerca de 50 pessoas prestigiaram na última sexta-feira (06-04), a comemoração dos 10 anos do Hospital Dia (HD) do HC da Unicamp. A cerimônia contou com a presença de médicos, docentes, alunos, funcionários e convidados, que enalteceram a importância do hospital para a população e para a Unicamp.

O hospital referência para o tratamento ambulatorial de pacientes portadores do HIV, foi inaugurado em 2007 e atualmente atende cerca de 50 pacientes por dia. Em uma década foram realizados 85.600 na Unidade.

A professora Raquel Stucchi, coordenadora do Hospital Dia desde 2015, citou que o projeto nasceu da necessidade da melhoria de um atendimento multiprofissional mais individualizado aos pacientes de infectologia do Hospital de Clínicas e que virou realidade no HD.

“Para o futuro existe um projeto de ambiência com o intuito de aproveitar melhor a nossa área e torná-la mais humanizada. O projeto foi desenvolvido no TCC dos alunos da Faculdade de Arquitetura da Unicamp e é uma questão de oportunidade para que possamos idealiza-lo”, comentou Stucchi.

O idealizador do Hospital Dia, ex-professor Rogério de Jesus Pedro, contou um pouco a história e as dificuldades enfrentadas com o começo do hospital. “Os coquetéis antivirais causaram um grande impacto na redução da mortalidade e das infecções oportunistas. A doença é controlável mas ainda precisa de um acompanhamento como o que fazemos aqui”.

Já o superintendente do HC, João Batista de Miranda compareceu agradecendo a todos que fizeram e fazem parte do HD. “Fico feliz em ver os resultados desse período, pois estou há nove anos na trabalhando na superintendência e acompanhei essa trajetória”, disse.

O Diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Ivan Toro, também marcou presença. “O que mais me chamou a atenção, foi que eu vi pela primeira vez alguém preocupado com o paciente fora do hospital. É o tipo de medicina que devemos fazer”, ressaltou sobre o trabalho dos funcionários do Hospital Dia.

O diretor executivo da Área da Saúde (DEAS), Manoel de Barros Bértolo, representou o reitor na cerimônia que contou com o culto ecumênico do capelão geral e capelão evangélico, Padre Norberto Tortelo Bomfim e Pastor João Sílvio Rocha. Os homenageados durante o evento foram o ex-professor Rogério de Jesus Pedro, a professora Mariângela Resende, a médica Mônica Jacques de Moraes e a enfermeira Maria Rosa Colombrini.

Ao final da comemoração ocorreu uma apresentação de uma linha do tempo com fotos das unidades dentro do HC, dos primeiros dias no HD e de toda equipe multiprofissional que atuou e atua no HD. O encerramento ficou por conta dos docentes Paulo Dalgalarrondo (Psiquiatria) Roberto Teixeira (Pediatria) que apresentaram um repertório acústico e com flauta transversal e violão.

Estatísticas Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, os portadores de HIV têm acesso a 22 medicamentos antirretrovirais, em 38 apresentações, ou seja, formas farmacêuticas e dosagem de cada um dos medicamentos.
Em 2017, alguns medicamentos direcionados à Aids foram incorporados à Lista de Incorporação do Sistema Único de Saúde (SUS). São eles: Raltegravir, Etravirina, Tenofovir e Entricitabina.

A taxa de detecção de casos de Aids no Brasil foi de 18,5 casos por 100 mil habitantes em 2016, uma redução de 5,2% em relação a 2015, quando foram registrados 19,5 casos.

Já sobre a mortalidade, a queda observada é de 7,2%, a partir de 2014, ano em que foi ampliado o acesso ao tratamento. Eram 5,7 óbitos por 100 mil habitantes, passando a 5,2 óbitos em 2016.

Há três anos, o paciente iniciava o tratamento com, em média, 101 dias após o diagnóstico. Hoje são, no máximo, 41 dias.

Caius Lucilius com Beatriz Bittencourt– Assessoria de Imprensa HC

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