“Foram anos marcantes de graduação e residência médica, dedicados às aulas, ambulatórios e plantões. Passam os anos, mas as memórias e o carinho pelo HC permanecem”, disse o neurocirugião do Hospital Sírio Libanês, Marcos Maldaun, sobre o sentimentos que impulsionaram os alunos da 30ª Turma de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp a destinarem o montante de 31 mil reais ao hospital.
“O mínimo que podíamos fazer nesses terríveis dias de pandemia é reconhecer todo acolhimento que tivemos no HC, como alunos, residentes e médicos, e ajudar da melhor forma possível. Queremos que os pacientes e os nossos colegas de profissão tenham esperança , segurança e saúde”, disse Maldaun.
A maneira encontrada para ajudar o HC Unicamp veio por engajamento nas redes sociais, com o lançamento da campanha #trigesimadoatrinta. “Nossa campanha surgiu com a proposta de comprar EPIs para os profissionais que atuam na linha de frente de enfrentamento da Covid-19. Compartilhamos a iniciativa em nosso grupo de amigos da turma, no WhatsApp. A informação ganhou corpo, sendo muito bem aceita, e logo foi possível atingir a nossa meta”, afirmou.
Maldaun acredita que a doação realizada pela 30ª Turma de Medicina pode servir de estímulo para que, a cada dia, mais turmas da FCM realizem iniciativas nesse sentido. “Essa é uma forma de demonstrar o nosso carinho com o HC, bem como de sensibilizar a comunidade médica e seus familiares diante do momento que vivemos”.
Depoimentos Alunos Turma XXX
“Quando aos 23 anos recebia meu diploma de médica pela Unicamp não poderia jamais imaginar que exatos 23 anos depois, estaríamos vivendo uma catástrofe de dimensões mundiais.
A palavra “catástrofe” tem a sua origem no grego “KATASTROPHE”, que formada pelo prefixo KATA- (‘para baixo’), mais o radical -STROPHEIN (‘virar’), significa ‘reviravolta em expectativas, fim súbito’.
Exatamente como na palavra catástrofe tudo o que conhecíamos antes da pandemia, o que sentíamos, o que pensávamos e, sobretudo, como agíamos deverá mudar. E mesmo diante de tanta tragédia e tantas perdas estas mudanças podem e devem nos trazer paradoxalmente mais próximos da nossa própria humanidade e de valores que há muito tempo havíamos menosprezado.” Continue lendo.
Daphne Rocha Marussi
Psiquiatra
Clinica de Saúde Mental da Mulher
Président de la Filiale du Québec et de L’Est du Canada de l’American Society Association
Professeure Agrégée d’Enseignement Clinique à l’Université de Sherbrooke
“Sou extremamente grato ao HC Unicamp. Por ele posso dizer que as raízes de minha formação são sólidas e profundas. Lá, pude entender que é possível criar uma cultura de excelência, se quisermos. Tanto formando gradualmente a própria equipe, moldando jovens profissionais, quanto agregando profissionais de fora, com aquisição de estrelas externas. Também pude construir minha própria visão crítica da sociedade, da ciência, das desigualdades. O espírito humanitário sempre fez parte desta formação.
Com suas dificuldades típicas e restrições orçamentárias, nunca deixou de ser referência nacional e internacional. Por isso, considero que o HC Unicamp deu asas, para que cada estudante de medicina que passou por lá pudesse voar, desbravar o mundo com consciência, com preocupação com o ser humano e a sociedade.
Neste momento de reflexão e turbulências, a sua valorização é fundamental. E sou grato de poder relembrar os bons momentos, e de alguma forma poder ajudar no seu fortalecimento”.
André Sasse
Oncologista
Grupo SOnHE
“Apenas um pequeno gesto de gratidao por todos anos que o HC representou na minha formação e representa ate hoje ! Que possa ajudar a todos que um dia me ajudaram a poder hoje retribuir. Obrigado HC”
Mauricio A Lehoczki
Ortopedista
AACD
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Texto: Camila Delmondes
Assessoria de imprensa da FCM Unicamp