‘Profissão Repórter’ retoma histórias marcantes de pessoas que enfrentaram problemas de saúde


Para comemorar os 15 anos de “Profissão Repórter” no ar, o programa exibiu nesta semana, várias histórias de superação na saúde. Uma delas foi com um paciente do HC da Unicamp que saiu do mundo do silêncio, em 2009, ao ser contemplado com um implante coclear. A equipe da TV Globo, sob comando de Caco Barcellos, acompanhou uma cirurgia no HC e a ativação do aparelho do ex-agricultor Wilson dos Santos Alves.

Na época, o programa de implantes cocleares no HC era coordenado que médico Paulo Porto que também conduziu a reportagem. Atualmente a coordenação do serviço é do professor Arthur Castilho que participou da nova reportagem. Desde o início das atividades em 2000, o HC já realizou mais de 1300 cirurgias e ativações de implantes cocleares.

A voz da namorada, ele nunca tinha ouvido. Foi também uma novidade proporcionada pelo implante: “Eu já tinha noção de como era só por ler os lábios dela. Só que eu não sabia direito, só conseguia imaginar. Mas era exatamente do jeito que eu sentia que era”, recorda Alves.

Wilson perdeu a audição com pouco mais de 20 anos e passou um tempo sem conseguir se comunicar com as pessoas. A perda da capacidade de ouvir aconteceu quando ele morava em Mato Grosso e sofreu uma intoxicação por agrotóxicos. Além da surdez, Wilson perdeu os rins e o trabalho. O transplante de rins que Wilson também fez foi no HC da Unicamp, onde acompanha até hoje.

Hoje em dia, a vida dele está bastante diferente. Ele trabalha com reciclagem no quintal de casa, mas não consegue fazer trabalhos muito pesados. Da audição, ele conseguiu recuperar 85%, um percentual alto para quem ficou nove anos sem ouvir.

“Nesses 12 anos do implante, o que mais mudou é conseguir ir ao banco, resolver meus problemas. Antes, quando eu não ouvia, tinha sempre que estar com um acompanhante”, diz.

Da antiga rotina como agricultor, Wilson dá detalhes da exposição aos agrotóxicos na sua juventude em Mato Groso. Ele se recusava a usar os equipamentos de proteção individual. “Às vezes me davam a bota, mas eu não gostava de usar porque enchia de terra e pesava. Então, eu tirava e ia trabalhar”.

Caius Lucilius – Assessoria de Imprensa HC com Mayara Teixeira – Profissão Repórter

Assista aqui à reportagem completa:

https://globoplay.globo.com/v/9508006/

Leia mais sobre a reportagem publicada em 2009 no site