O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp iniciou em agosto desse ano o seu Planejamento Estratégico (Planes) para o quadriênio 2022-2026. A empatia foi colocada pelos participantes do Planes como um dos valores estratégicos para o HC atingir a sua missão e visão, que são dois dos três pilares que estruturam o Planes de uma instituição. A previsão de finalização da elaboração do Planes 2022-2026 do HC Unicamp é entre final de outubro e início de novembro desse ano.
“Em um hospital, a maior missão é cuidar da vida para recuperar a saúde biopsicosocial dos pacientes. Nesse contexto, precisamos cuidar das relações entre as equipes e das pessoas que atuam no HC. A empatia, que é a capacidade de sentir e se colocar no lugar do outro, caso estivesse na mesma situação vivenciada por ele, não é uma ferramenta de gestão, mas sim uma cultura que deve ser estimulada e difundida na instituição”, explica Antonio Gonçalves de Oliveira Filho, superintendente do HC Unicamp.
O tema empatia é muito familiar ao HC Unicamp. De maio a junho de 2021, em decorrência da pandemia de Covid-19, representantes da Divisão de Recursos Humanos, do Núcleo de Qualidade e Segurança em Saúde (NQSS) e do Departamento de Enfermagem do HC participaram do projeto Empatia de Emergência.
A proposta do projeto é ensinar aos profissionais que estão passando por momentos de extrema sobrecarga física e psicológica, práticas simples de autorregulação e corregulação do estresse por meio da autoconexão e da escuta empática, baseadas nos princípios da Comunicação Não Violenta (CNV).
O objetivo das práticas da CNV é proporcionar cada vez mais autonomia e habilidades de autocuidado e cuidado mútuo que podem ser utilizadas no dia a dia, fortalecendo uma cultura de empatia, acolhimento e humanização das relações no ambiente.
Empatia e Comunicação Não Violenta já eram motivo de atenção e ações no HC bem antes do início do projeto Empatia de Emergência. Assista ao vídeo produzido pela equipe do Núcleo de Qualidade e Segurança em Saúde sobre os quatro componentes da Comunicação Não Violenta e compartilhado no Instagram do NQSS em abril de 2021.
“Tivemos a oportunidade de aprender práticas de autorregulação do stress, autoempatia, escuta empática e construir redes de apoio que fortalecem e disseminam a empatia como prática de autocuidado para os profissionais da saúde que estão na assistência direta ao paciente com a covid-19”, relata a enfermeira do NQSS do HC, Nilcilene Pinheiro, que foi uma das multiplicadoras do projeto Empatia de Emergência dentro do HC Unicamp.
Empatia de Emergência
O projeto Empatia de Emergência foi desenvolvido pelos os instrutores de Comunicação Não Violenta Sandra Caselato, Yuri Haasz e Daniele Rafael, juntamente com a psicóloga Flavia Zanini, do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism). Além dos Multiplicadores da Empatia e da equipe de execução, oito facilitadores de CNV foram convidados a participar como Apoios Ponte: Alieth Cavassa, Cristiane Chiofalo, Iuri Storch, Juliana Polloni, Karoline Rempel, Paula Pontvianne, Pedro Consorte, Renata Jurema e Renata Kurtz.
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Edimilson Montalti – Assessoria de imprensa HC Unicamp