O professor da disciplina de Cardiologia da FCM, Otávio Rizzi Coelho, foi homenageado neste final de semana com o Prêmio Personalidade da Cardiologia, durante a abertura do 72º Congresso Brasileiro de Cardiologia (SBC 2017), realizado em São Paulo. A homenagem foi conduzida pelo presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, professor Marcus Malachias e o diploma entregue pelo presidente eleito para o próximo biênio da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Oscar Dutra. O congresso é um dos maiores do mundo e reuniu cerca de 8 mil inscritos.
O Prêmio é um reconhecimento pelas atividades médicas, acadêmicas científicas e associativas na cardiologia. “É uma honra receber esta homenagem da SBC, nesse congresso, com uma platéia repleta de representantes das maiores entidades brasileiras e internacionais da cardiologia”, comentou Coelho, que já presidiu a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (2004-2005), o Departamento de Cardiologia Clinica da Sociedade Brasileira de Cardiologia e atualmente, é o Coordenador dos Registros Clínicos da SBC.
Otávio Rizzi Coelho também foi da direção da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Paulista de Cardiologia por diversos anos. Ele destaca que nesse congresso foram apresentados e discutidos os principais temas relacionados à cardiologia. Também foram debatidos os tratamentos mais recentes, e as pesquisas clínicas mais avançadas que ocorreram em todo mundo nos últimos anos.
O professor Otavio Rizzi Coelho possui graduação em Medicina pela Unicamp e doutorado em Clínica Médica pela Unicamp. Atualmente é professor doutor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas. Possui mais de 100 artigos publicados em revistas internacionais e nacionais. Orientou dezenas de alunos de doutorado, mestrado e iniciação científica. Atua principalmente nos seguintes temas: infarto, coronariopatia, hipertrofia, inflamação e prognóstico.
Infartos aumentam no País – O número de mortes por infartos no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres, segue em ritmo ascendente, segundo dados debatidos no Congresso Brasileiro de Cardiologia. Há cinquenta anos, de cada dez mortes por infarto nove eram homens e uma mulher. Nos últimos seis anos, essa proporção está em seis homens e quatro mulheres, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Foram apresentados os dados mais recentes disponíveis, de 2010 a 2015. No último ano morreram 65.224 homens e 46.625 mulheres por infarto. Em relação às mulheres, é preciso ficar atento aos sintomas do infarto que são, em muitos casos, diferentes da clássica dor no peito relatada por homens, como náuseas, vômitos, dor nas costas e no pescoço, falta de ar e indigestão.
“Algumas hipóteses para essa diferenciação nos sintomas são as características biológicas, como variação hormonal; a negação ou subestimação do problema, o que dificultaria o diagnóstico e causaria atraso no tratamento; uma maior resistência à dor e fatores físicos e psicológicos, entre outros”, explica Marcus Malachias, presidente da SBC.
Caius Lucilius com Juliana Castro e assessoria CBC 2017
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp