A disciplina de Endocrinologia e Metabologia da FCM-Unicamp promove no Hospital de Clínicas, entre os dias 19 e 25 de maio, várias atividades em prol da conscientização e orientação sobre as doenças tireoidianas. A campanha ocorre em comemoração a Semana Internacional da Tireóide, organizado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). A tireóide é uma glândula que fica no pescoço, logo abaixo daquela saliência popularmente conhecida como “pomo-de-adão.
De acordo com uma das organizadoras do evento, professora Denise Engelbrecht Zantut Wittmann, o principal objetivo, em função da importância do HC na Região e devido a alta circulação de pacientes e acompanhantes, é a distribuição de folhetos educativos. “O foco da campanha deste ano é informar e esclarecer dúvidas sobre nódulos da tireóide, que se identificados e tratados com antecedência, não causam risco ao peciente”, esclarece Wittmann.
No HC da Unicamp a disciplina de Endocrinologia e Metabologia da FCM atende semanalmente nos ambulatórios da especialidade, uma média de 150 pacientes com doenças tireoidianas como hipertireoidismo, hipotireoidismo, nódulos de tireóide e câncer de tireóide. Quanto mais precoce o diagnóstico maiores as chances de cura da doença.
Os médicos explicam que a tireóide é reguladora da função de importantes órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins, ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina). Vários sintomas são importantes para um indicativo do problema como por exemplo algum desconforto na garganta e no pescoço, sonolência excessiva, esquecimento fácil, queda de cabelo entre outros.
Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia apontam que cerca de 60% da população brasileira poderá ter nódulos na tireóide em algum momento da vida. “Mas isso não significa que sejam malignos. Apenas 5% são cancerosos e devem ser identificados o quanto antes”, destaca a médica do HC.
Especialistas na área esclarecem que o câncer de tireoide é raro na maior parte da população mundial, representando entre 2% e 5% do total de câncer em mulheres e menos de 2% nos homens. Cerca de 300 mil novos casos (230 mil no sexo feminino e 68 mil no sexo masculino) foram apontados na última estatística mundial, de acordo com o Inca.
O evento deste ano, que inclui bate-papo com pacientes e acompanhantes, panfletagem na entrada do HC e em pontos da cidade de Campinas, tem a participação de vários docentes com a coordenação de Denise Engelbrecht Zantut Wittmann e Lígia Vera Montali da Assumpção, organização geral da Bióloga Elizabeth Ficher e apoio de médicos, residentes e pós-graduandos da disciplina.
Caius Lucilius com Carol Roque– Assessoria de Imprensa HC