Novo ultrassom transesofágico permitirá exames no centro cirúrgico


Excelente resolução de imagens, fluxo de trabalho simplificado e uma conjunto amplo de aplicações. Tudo isso é oferecido pelo moderno sistema portátil de ultrassom cardiovascular de alto desempenho, para visualizações e diagnóstico da anatomia cardíaca e atividades funcionais do coração, que o HC acaba de incorporar ao parque tecnológico. O equipamento da empresa General Eletric é o modelo Vivid Q, possui o tamanho de um laptop, pode ser usado no centro cirúrgico e foi adquirido por R$ 178.000,00 com recursos do Ministério da Saúde.
 
O sistema de ecocardiograma transesofágico, que é complementar ao resultado do ecocardiograma bidimensional, está sendo utilizado no serviço de ecocardiografia do hospital para exames e diagnósticos do coração – cavidades, válvulas, artérias, veias e os fluxos intracavitários – em busca por exemplo de trombos (coágulos) intracardíacos, problemas de embolia pulmonar e sistêmica. Também permite o melhor detalhamento anatômico e funcional das valvas cardíacas e de próteses valvares (sobretudo em posição mitral), diagnóstico de doenças da aorta, diagnóstico e avaliação de complicações de endocardite e ecocardiografia transtorácica como explica o cardiologista José Roberto Matos Souza.
 
De acordo com Aldo Mangili, engenheiro clínico do Centro de Engenharia Biomédica (CEB), o grande diferencial do novo equipamento é o software mais avançado para o estudo e o diagnóstico em cardiologia, além de dispor de um transdutor transesofágico e intraoperatório. Existem seis equipamentos como esse modelo utilizados no HC, porém, nenhum deles com estes transdutores que permitem que detalhes do coração sejam ampliados.
 
O ecocardiograma transesofágico é um exame diagnóstico avançado onde o transdutor é inserido através da boca do paciente (similar aos procedimentos de endoscopia) e posicionado na região do esôfago, atrás do músculo cardíaco. Com esse procedimento é possível obter as imagens em movimento do coração e de seus vasos com uma qualidade de imagem superior ao método não invasivo, pois as imagens obtidas não sofrem a interferência da caixa torácica e do pulmão.

 “Trata-se de um equipamento essencial para exames mais fidedignos em pacientes obesos e com algumas complicações pulmonares que geralmente inviabilizam ou dificultam o diagnóstico, podendo inclusive ser utilizado em procedimentos cirúrgicos”, esclarece Matos Souza. Possibilita inclusive a realização de exame – denominado técnica epicárdica – durante os procedimentos cirúrgicos para os casos de impossibilidade absoluta ou relativa do uso do esôfago devido a patologias (câncer de esôfago, divertículo, estenose etc) ou em casos de discrasia sanguínea.

 Segundo o engenheiro clínico do CEB, a ecografia intraoperatória é utilizada durante procedimento cirúrgico, no qual o transdutor é aplicado diretamente ao órgão em questão, tanto em cirurgias cardíacas quanto em não cardíacas. “Permite ao cirurgião avaliar em tempo real, detalhes anatômicos e funcionais, proporcionando informações imediatas sobre tecidos, locais para ressecção, vascularização, resultados cirúrgicos, além de auxiliar em manobras para retirada de ar das cavidades.

Caius Lucilius com Isabela Mancini – Assessoria de Imprensa HC