Está em uso no Hospital de Clínicas da Unicamp (HC) duas novas centrais de geração de vácuo e ar comprimido medicinal, responsáveis por alimentar o consumo hospitalar ao passo em que colaboram para a diminuição do uso de água e aumento de volume fornecido. Ambas adquiridas em sistema de comodato referem-se a um investimento de R$ 20 mil reais ao mês, com recursos do HC.
A central geradora de vácuo, em funcionamento há um mês, alimenta apenas o HC através de tubulações instaladas em toda a unidade hospitalar (Centros cirúrgicos, enfermarias, UTIs, procedimentos especializados e Urgência/Emergência). Em leitos e salas cirúrgicas há pontos por onde o vácuo é utilizado em procedimentos médicos como aspiração de secreções.
“O grande diferencial é que o equipamento passa a ser resfriado por ar, diferente do anterior que utilizava água”, explica o diretor da Divisão de Engenharia e Manutenção Sergio Lacerda. Dessa forma, o consumo de 25 m³ de água ao dia foi zerado. O resfriamento é necessário devido ao super aquecimento que ocorre durante a geração do vácuo.
A central geradora de vácuo é um equipamento essencial do sistema de abastecimento de gases medicinais e possui um reservatório em que há a ausência de ar. Dessa forma, ar do ambiente é puxado criando assim o movimento de aspiração. As substâncias são sugadas e depositadas em um reservatório, evitando que qualquer contaminante chegue aos pacientes e todos os que circulam pela rede.
O novo equipamento da central de geração de ar medicinal comprimido abastece o HC e CAISM, já em uso há 6 meses. Responsável por fornecer ar livre de óleo, impurezas, hidrocarbonetos, vapor e condensado de água, aumentou o fornecimento de 180 m³ para 280 m³ por hora, do gás que também chega em todos os pontos de internação e salas cirúrgicas dos dois hospitais.
Totalmente automatizada, a central de ar comprimido medicinal atua com um moderno sistema de tratamento do ar, composto por resfriadores, filtros coalescentes, secadores de refrigeração e adsorção, que garantem a retenção e eliminação de poluentes e contaminantes contidos no ar atmosférico e a geração de um ar de elevadíssima pureza e qualidade. Estudos mundiais demonstram que sistemas de distribuição de ar podem conter cerca de 3.500 micro-organismos por metro cúbico, entre eles bactérias e vírus, que são arrastados através da admissão do compressor.
Mistura dos gases oxigênio e nitrogênio, na mesma proporção encontrada na atmosfera (21% e 79%, respectivamente), o ar comprimido ultrapuro é usado principalmente em terapias de ventilação mecânica, inalação de medicamentos e substâncias usadas em anestesia. “A tendência é de não faltar ar comprimido, o que dá uma segurança maior”, afirma Lacerda.
Caius Lucilius com Caroline Roque
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp