Mais de 3000 compareceram ao cadastro de cirurgia bariátrica


A Unicamp realizou na manhã desta quarta-feira (12) a inscrição para o grupo pré-operatório de cirurgia bariátrica (de redução do estômago). Logo cedo centenas de pessoas já se aglomeravam à entrada do Ginásio Multidisciplinar (GMU). Pelo menos três mil pessoas estiveram no GMU em busca da oportunidade de fazer a cirurgia. Os candidatos passaram por pesagem e também assistiram a palestras sobre a obesidade e a cirurgia bariátrica. No total, 1.790 pessoas fizeram inscrição.

Estão aptos a participar do grupo pacientes cujo Índice de Massa Corporal (IMC) é igual ou maior que 40 ou, maior que 35, quando se tratar de pacientes com doenças graves associadas, como, por exemplo, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, síndrome metabólica, apneia do sono. A seleção ocorre duas vezes ao ano. Durante a Caminhada de Prevenção à Obesidade, no segundo semestre, e agora no Ginásio Multidisciplinar de Esportes.

“A obesidade mórbida não é uma questão estética, mas trata-se de uma doença crônica e inflamatória, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A gordura causa a liberação de hormônios que são responsáveis por uma inflamação sistêmica que pode levar à outras doenças”, destaca o gastrocirurgião Elinton Adami Chaim, chefe do grupo de cirurgia bariátrica do Hospital de Clínicas da Unicamp.Segundo Chaim a cirurgia será sempre o último recurso de tratamento da obesidade mórbida e não pode ser vista como uma solução mágica. Muitos candidatos que foram até o ginásio são pessoas que já enfrentam sérios problemas de saúde. Grupos de candidatos são encaminhados pelas redes municipais.

De Rifaina, cidade vizinha à Franca, na região de Ribeirão Preto, vieram seis amigas. Teresinha Cristina Rosa tenta controlar a hipertensão, já Vera Lúcia Fernandes, o diabetes. “Fomos incentivadas por um amigo que operou no ano passado. Ele está lindo!”, brincou Vera.

“Lindo” também e muito saudável é o mecânico de tratores aposentado Antônio Carlos dos Santos. O dia 21 de outubro de 2010 foi para ele um renascimento: o dia da cirurgia que o fez perder não apenas 76 quilos, mas uma série de complicações provenientes da obesidade mórbida inclusive ter tido um infarto. “A saúde agora vai muito bem, tanto que vim trazer os amigos para tentar fazer parte do grupo pré-operatório”.

Fila de espera
A Unicamp conseguiu reduzir o tempo de espera da cirurgia de oito para até quatro anos desde 2008 quando a cirurgia bariátrica passou a ser realizada também no Hospital Estadual de Sumaré. Além disso, a equipe do Hospital de Clínicas passou a operar por mais um dia na semana. Hoje são cerca de 2 mil pacientes na fila de espera mas, de acordo com o gastrocirurgião, além do crescimento da população doente, há a dificuldade de um maior número de leitos e estrutura. “Temos feito a média de 20 cirurgias mês mas as vagas são restritas”, assinalou Chaim.

Dependendo da gravidade, o paciente tem prioridade na fila de espera. Quando convocado a participar do grupo, passa por uma série de avaliações e orientações multidisciplinares para então ser encaminhado a cirurgia que realiza-se geralmente num prazo de até 6 meses. É imprescindível que o paciente perca no mínimo 10 por cento de seu peso, antes de se submeter a operação.

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Texto: Patrícia Lauretti (ASCOM)
Fotos: Antoninho Perri