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O Grupo Multidisciplinar de Preparo para Cirurgia Bariátrica do Hospital de Clínicas da Unicamp promoveu neste domingo (02-10), a 4ª caminhada de prevenção à obesidade do HC. O evento, que aconteceu na Lagoa do Taquaral, das 8 às 12 horas, reuniu cerca de 1200 pessoas e contou com atividades como orientação nutricional, cálculo de IMC (Índice de massa corpórea), teste de glicemia (Diabetes) e medida de pressão arterial. O Evento teve o apoio da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário (PRDU), Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Superintendência, Cecom, GGBS-Unicamp, Aspa-Unicamp e Núcleo de Voluntários do HC – Nuvohc.

Para orientar o público estiveram presentes médicos, residentes, alunos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e professores da FCM. Segundo o coordenador da caminhada, professor Elinton Chaim, não houve uma idade específica para a participação no evento já que a caminhada teve como propósito, alertar a população em relação aos riscos para a saúde acarretados pela obesidade.

O Ambulatório de Cirurgia Bariátrica do HC da Unicamp iniciou as atividades em 1998 e já realizou quase 1000 cirurgias bariátricas, inclusive no HES-Unicamp. Desse total, mais de 80% são mulheres com idade entre 20 e 40 anos. Aproximadamente 50% dos obesos cadastrados pelo HC são diabéticos, quase 90% têm hipertensão e em média os pacientes não ultrapassam os 40 anos. A fila de espera para o procedimento no HC é de cerca de 2000 pessoas.

Os sintomas da doença são decorrentes do local onde a lesão acontece. Os mais comuns são a perda da visão ou visão dupla, formigamentos, tremores, fadiga, redução da força, dificuldade na fala, urgência ou incontinência urinária, transtornos cognitivos e emocionais. Estes sintomas podem ser leve, moderados ou intensos e surgem de maneira imprevisível, podendo evoluir em surtos ou de maneira lenta e progressiva.”A obesidade é um problema de saúde pública que precisa ser ampliado. É importante mostrar o quanto o sedentarismo pode agravar problemas de saúde relacionados ao excesso de peso”, alerta Chaim. Para o cirurgião, a realização da caminhada e dos exercícios físicos diários são atitudes simples com bom efeito na prevenção da obesidade.

Estudos mostraram que a doença pode aumentar em até 12 vezes o risco de morte. Segundo Chaim, é necessário que existam mais programas de prevenção, para que as pessoas não cheguem a situações críticas que as impossibilitem de sair de casa. “A cirurgia bariátrica não pode ser vista como modismo da estética, já que apresenta risco de mortalidade no operatório e pós-operatório”, afirmou o médico.

O Ambulatório de Cirurgia Bariátrica do Hospital de Clínicas atende cerca de 150 pessoas por mês com excesso de peso (IMC entre 25 e 35) ou obesidade. Os pacientes fazem uma entrevista inicial e são encaminhados para um tratamento que implique a cirurgia ou não. Antes de realizar o processo cirúrgico, os pacientes atendidos no ambulatório participam do grupo multidisciplinar composto por nutricionistas, psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas, enfermeiros e médicos e precisam perder entre 10 e 20% do peso.

Caius Lucilius
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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