O Hospital de Clínicas da Unicamp realiza neste sábado (17/09) um mutirão de cirurgias de glaucoma. Trinta pacientes foram triados pelo departamento de Oftalmologia e a previsão é que cada cirurgia demore cerca de 1 hora. O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo e está associado ao aumento da pressão intraocular e dano progressivo ao nervo óptico. Serão efetuadas três modalidades cirúrgicas como a facotrabeculectomia (catarata + glaucoma), trabeculectomia (TREC) e implante de válvula de drenagem Ahmed.
Segundo os médicos Vital Paulino Costa (foto) e José Paulo C. Vasconcellos, que estarão à frente do mutirão, as cirurgias visam reduzir a pressão intraocular e evitar que o glaucoma evolua para a cegueira. Todos os procedimentos serão realizados com anestesia local. De acordo com os oftalmologistas do setor de glaucoma, no HC a maior parte do atendimento é para a forma adulta da doença, cerca de 5% envolve a forma infantil da patologia e o glaucoma congênito representa 1% dos atendimentos. Ao todo participarão do mutirão 20 médicos, 12 funcionários do Centro Cirúrgico Ambulatorial, incluindo enfermeiras, auxiliares de enfermagem e farmacêutico.
O glaucoma é uma doença de caráter hereditário e progressivo, e por isso, em famílias de portadores de glaucoma é necessário a realização de exames preventivos. Também integram o grupo de risco: Indivíduos com mais de 40 anos de idade, o risco de ser portador de glaucoma aumenta com a idade; os indivíduos da raça negra tendem a desenvolver o glaucoma numa idade inferior à média e a probabilidade de ser afetada é quatro vezes maior em relação aos brancos; os indivíduos míopes que usam lentes acima de seis graus também estão sujeitos a um risco maior e pacientes diabéticos que tiveram trauma ocular ou doenças intraoculares.
Caius Lucilius
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp