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Na data em que comemora o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma – 26 de maio, médicos oftalmologistas alertam que se a doença não for tratada adequadamente, pode ocasionar a cegueira de forma irreversível. O glaucoma é uma doença associada à pressão intraocular elevada, que provoca alterações no nervo óptico e como conseqüência compromete o campo visual. No HC, 1.200 pacientes de Campinas e região são atendidos por mês no ambulatório de glaucoma.

Segundo o médico oftalmologista Vital Paulino Costa (à direita da foto), vice-presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma e chefe do setor de glaucoma do Hospital de Clínicas da Unicamp, a doença é assintomática e em geral quando o paciente percebe alterações na visão, já está com grande parte dela comprometida. “50% da população com registro do glaucoma não sabe que tem a doença”, explica Costa.

Para o oftalmologista, o desafio hoje é conseguir fazer o diagnóstico precoce e assim prevenir a cegueira por glaucoma. Por ter caráter irreversível, a doença não tem cura, porém tem controle que pode ser feito a partir de colírios, laser ou procedimento cirúrgico. Entretanto, diz, qualquer forma de tratamento exige a participação do paciente, é preciso que ele entenda o glaucoma e quais problemas um tratamento inadequado pode causar.

“O glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, sendo que é a primeira causa de cegueira irreversível”, afirma José Paulo Cabral Vasconcelos (à esquerda na foto), médico do setor de glaucoma do HC. O ideal é que todas as pessoas acima de 40 anos de idade façam exames oftalmológicos de rotina a cada dois anos. Na população acima dos 70 anos, em média 6% tem glaucoma.

De acordo com os médicos, em pessoas de raça negra, indivíduos com miopia ou antecedente familiar, o recomendado é que estes exames aconteçam anualmente. Segundo Vasconcelos, a chance de desenvolver glaucoma em pessoas que possuem parentes em primeiro grau portadores da doença aumenta em quatro a oito vezes. Também é indicado que pessoas com antecedentes cirúrgicos ou traumas oculares também façam exames todo ano.

No HC o ambulatório de glaucoma funciona todos os dias das 8h às 16h. Apenas 10% destes pacientes são considerados casos novos, ou seja, estão fazendo sua primeira consulta no HC, os demais já fazem o seguimento da doença no ambulatório. “33% dos pacientes que chegam ao HC já estão cegos por glaucoma, já possuem a doença estabelecida”, alerta Costa. Por isso, é importante conscientizar a população quanto à importância de comparecer aos exames de rotina oftalmológicos.

Caius Lucilius com Yasmine de Souza
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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