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O ministro da Saúde e ex-aluno de medicina da Unicamp, Alexandre Padilha, esteve na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) para ministrar a aula magna para os alunos dos cursos de medicina, enfermagem, fonoaudiologia e farmácia. Abordando o tema “Que profissional de saúde o SUS necessita”, o ministro foi ovacionado em pé por alunos, professores e funcionários da área da saúde. Ainda no evento, Padilha foi homenageado pelo diretor da FCM, Mario Saad, com um vídeo-depoimento colhido entre professores e amigos de turma.

No período da tarde, o ministro Padilha esteve no Hospital de Clínicas visitando diversas áreas. Acompanhado pelo superintendente Manoel Bértolo, pelo diretor da FCM e sua Associada, Mário Saad e Rosa Inês Costa Pereira, o ministro iniciou a visita pelas enfermarias do 6º andar (EGA e Gastrocirurgia), depois passou pela UTI do segundo andar, seguindo para a Unidade de Urgência. “Essa visita técnica foi muito importante para atualização do ministro sobre a infraestrutura da instituição e sobre o parque tecnológico do hospital”, comenta Bértolo.

Também no 2º andar, o ministro Padilha conheceu as instalações da Radioterapia e da Medicina Nuclear. Em seguida conferiu os ambulatórios do 3° andar e a área de quimioterapia da Oncologia encerrando o roteiro no HC. Ao percorrer a instituição Padilha encontrou muitos amigos de turma entre eles, Allan de Oliveira Santos (Medicina Nuclear), Christian Cruz Hofling (CCIH), Marcos Calfat Maldaun (Neurocirurgia), Marco Antonio (UER), Joana Fróes Bastos (CAISM) e o angolano Paulo João, tornando a visita mais descontraída e afirmou “Me sinto em casa neste hospital”.

Ainda durante o evento na FCM, os entrevistados relembraram momentos marcantes da trajetória do atual ministro da Saúde, desde que entrou em 1989, aos 17 anos, na FCM. O professor Gastão Wagner, do Departamento de Medicina Preventiva e Social, contou a história de quando foi entrevistado por Padilha, então repórter do jornal universitário “O Patológico”, de como conciliar política, ética e saúde. Seus amigos lembraram os momentos de seu envolvimento com o movimento estudantil, quando demonstrava preocupação política com os rumos do País. Outros professores contaram casos inusitados, como de ter sido o único aluno a tirar nota 10 na disciplina de medicina interna, ministrada pelo atual diretor da FCM.

“O curso universitário desperta nas pessoas uma consciência social muito grande e isso é feito de tal maneira que as pessoas se envolvem em ajudar a resolver os problemas do país. Padilha foi um aluno exemplar, dedicado e carinhoso com os pacientes, e hoje é um dirigente importante na área da saúde”, disse Saad em seu discurso na aula magna e articulador da vinda do ministro.

O reitor da Unicamp, Fernando Ferreira Costa, parabenizou Padilha pela nomeação como ministro da Saúde e apresentou dados importantes sobre a Unicamp, reforçando a vocação da Universidade em formar líderes. Em seu pronunciamento, Costa disse que a maioria dos profissionais formados pela Unicamp ocupa cargos de lideranças em suas áreas de atuação. Na área da graduação, a Universidade inovou na criação do Profis, programa que possibilitou a 120 alunos das escolas públicas de Campinas estudarem na Unicamp. Na área da pesquisa, o reitor da Unicamp destacou que metade dos 33 mil alunos da Universidade faz pós-graduação e esta produção gera riqueza para o país.

“Na área da saúde a Unicamp tem um papel muito singular. Para sete milhões de habitantes da região metropolitana de Campinas e também para o país, a Unicamp é um local onde se tem uma assistência médica comparável ao que há de melhor no mundo. Ela é uma das áreas mais dinâmicas dentro da Universidade e cresce em qualidade de atendimento e formação de pessoas. Além disso, a área da saúde tem contribuído de maneira significativa para a padronização e estabelecimento de políticas de saúde no Brasil”, disse Costa, honrado em receber e ter um ex-aluno da FCM da Unicamp como ministro da Saúde.

Emocionado e ao mesmo tempo se sentindo à vontade, Padilha conversou de forma descontraída e animada como os convidados. Lembrou de certa vez quando encontrou Fernando Costa em um evento na região para o lançamento de uma fábrica de retrovirais e disse que, se um dia, ele imaginasse que Costa iria se tornar reitor da Unicamp e ele – Padilha – ministro da Saúde, poderiam trancá-lo na enfermaria de psiquiátrica do Hospital de Clínicas da Unicamp. Nesse tom de informalidade, Padilha aconselhou os alunos a aproveitarem as oportunidades e diversidades que a Universidade oferece, características que a distingue de outras universidades brasileiras.

“Parte de meu desempenho como aluno era porque eu gostava muito de ler e parte porque eu tinha boa memória. Minha mãe, muito sábia, me disse que virei ministro por ter decidido sair de São Paulo e estudar na Unicamp. A partir da permanente relação com as diferenças, aprendi a lidar com convicções éticas e limites das pessoas. Isso foi decisivo para minha formação como pessoa, como médico e como dirigente”, disse Padilha.

O ministro da Saúde lembrou que o país está vivendo um novo momento da área da saúde. Até 2016, disse, o Brasil será a quinta economia mundial e que o investimento em saúde representa, hoje, 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, 34 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza nos últimos oito anos e o Sistema Único de Saúde (SUS) tem o maior programa de atenção básica do mundo.

“O governo investe 33% ao ano em inovação tecnológica na área da saúde do País. Fazemos 20 mil transplantes ao ano cobertos pelo SUS. Estamos num momento da consolidação desse sistema. Precisamos fazer alianças. A atuação do profissional de saúde é fundamental para isso. Ao você cuidar bem de seu paciente, dar o melhor medicamento e estar atualizado em sua área, isto pode ser decisivo para a sociedade brasileira investir mais na área da saúde. Está na mão de vocês o ato de prescrição”, conclui Padilha.

Em entrevista aos jornalistas afirmou o lançamento da campanha nacional para a redução de sódio em refrigerantes e massas, no dia 7 abril, Dia Mundial da Saúde. O objetivo da campanha é contribuir para a diminuição de casos de hipertensão no país. Além desta campanha, Padilha também anunciou para este semestre o teste rápido para o diagnóstico da sífilis que atinge 12 mil novos casos ao ano no Brasil. O ministro da Saúde também alertou sobre a epidemia de dengue e disse que somente a descoberta de uma vacina poderá erradicar definitivamente a doença do Brasil. “Medidas sanitárias de prevenção são tomadas, mas o ovo da dengue pode eclodir até um ano depois de depositado em ambientes secos”, explicou o ministro da Saúde.

Caius Lucilius – Assessoria de Imprensa HC
com Edimilson Montalti – Assessoria de Imprensa FCM

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