Pastilhas de cobalto chegam ao HC e Caism


Na última sexta-feira, 13 de agosto, duas pastilhas radioativas de cobalto foram transportadas do Aeroporto Internacional de Viracopos até o complexo hospitalar da Unicamp. As pastilhas utilizadas no tratamento radioterápico de pacientes com câncer serão utilizadas no serviço de Radioterapia do Hospital de Clínicas da Unicamp e do Caism. As Unidades de Cobaltoterapia são construídas seguindo as normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM). “Esta é uma fonte mais ativa, com condições de tratar pacientes em radioterapia por 10 anos”, explica a física do Centro de Engenharia Biomédica da Unicamp Rosângela Franco Coelho.

Mesmo com dois centímetros de comprimento, foi necessário organizar uma megaoperação para o transporte das pastilhas em função da necessidade de adequação às normas de segurança da CNEM e do Ministério dos Transportes para cargas restritas. “As exigências para transporte de material radioativo aumentam de acordo com a atividade do material presente, que é sua capacidade de emitir radiação”, ressalta Rosângela.

Para o transporte foi necessária a contratação de uma empresa especializada e de um caminhão munck com um contêiner blindado para o armazenamento da peça. As duas pastilhas já saem da empresa fabricante em uma mesma embalagem de chumbo, capaz de agüentar qualquer tipo de acidente sem vazamento de radiação. O caminhão com o contêiner foi acompanhado pela segurança da Unicamp e por técnicos habilitados do CNEM, do fabricante e da transportadora.

O material ficará guardado em uma sala do Caism até a chegada de um técnico norte-americano da empresa fabricante, programada para o mês de setembro. “Só este técnico, habilitado e com competência reconhecida pode instalar as pastilhas da Unidade de Cobaltoterapia, e com a presença de um técnico da CNEM”, conclui Coelho.

A Unidade de Cobaltoterapia do Caism faz em média 40 atendimentos mensais, com pacientes submetidos a sessões diárias de cerca de 15 minutos, de segunda a sábado. De início será mantida esta média, mas com a nova pastilha, a expectativa é dobrar a capacidade de atendimento em curto espaço de tempo. No HC da Unicamp, a média é de 20 pacientes por mês, e também deve dobrar, podendo chegar a 50 pacientes mensais.

Caius Lucilius e Paula da Conceição
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp