Dia Mundial da Saúde reflete humanização


No Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, instituído desde 1948 pela OMS – Organização Mundial de Saúde – foram promovidas palestras no anfiteatro da FCM / Unicamp de reflexão sobre a importância da humanização na busca de Hospitais Seguros. Sendo um deles o HC, por apresentar capacidade de atendimento às demandas de urgências provenientes de tempo adversos, como catástrofes naturais e potencial avanço de epidemias de doenças ligadas à falta de saneamento básico e conscientização da população. Os Hospitais Seguros são constituídos através de diálogos entre instituições, trabalhadores da saúde e usuários, tendo como foco a humanização das relações de trabalho e de atendimento à população.

“Atuação humanizada dos trabalhadores da saúde na busca de Hospitais de Segurança”, foi o tema desenvolvido pelo palestrante Dario Pasche, coordenador nacional da Política de Humanização da Saúde, PHS, e diretor do Programa HumanizaSUS, do Ministério da Saúde. Segundo o professor, há cerca de cinco anos houve uma reformulação nos temas discutidos pelo Sistema Único de Saúde, SUS, e entre eles está a reorganização da carga de trabalho, os modos de gestão e a política de humanização, que nasceu no Ministério em 2003 com a reflexão, a experimentação e a inflexão do SUS, com cerca de 30 milhões de trabalhadores, para reafirmar seus princípios. “Todo cidadão brasileiro tem direito a uma equipe de saúde e acesso a tecnologia para seu tratamento”, afirma.

O professor Dário constata três princípios: não separar gestão e atenção; ampliar o grau de comunicação, chamado transversalidade; e a apostar e fomentar o protagonismo dos sujeitos. Para isso, há diretrizes éticas e políticas como acolhimento, gestão democrática e clinica ampliada, valorização do trabalho e defesa dos direitos do usuário. “A humanização se apresenta como modo de fazer e produzir novos sujeitos, promovido por meio da tríplice inclusão: sujeito, coletivo e movimentos sociais. Humanizar é incluir”, propõe Dario, que realça a importância do professor de Medicina Preventiva da FCM, Gastão Wagner de Souza Campos, e secretário executivo do Ministério da Saúde em 2003 e 2004, para o início do PNH e na experiência alcançada na Unicamp, que é anterior às políticas de humanização. “No HC e no CAISM a humanização já entrou na política dos hospitais, que desenvolvem projetos nas unidades produtivas, colegiados, acompanhantes, profissionais especializados, entre outros”, constata Gastão.

Na sequência iniciou-se a palestra “O que é emergência na atualidade”, ministrada por Mara Gurjão, coordenadora do Programa Qualidade de Vida da Organização Brahma Kumaris no Brasil e professora de meditação Raja Yoga, que proferiu experiências gratificantes na implementação da meditação para humanizar a área da saúde.

Humanização no HC

Em 2008, o CEA deliberou e aprovou as propostas da Superintendência sobre as diretrizes que pautam a composição dos Colegiados Gestores nas Unidades Produtivas. Assim, Departamentos ou Disciplinas da FCM, laboratórios ou serviços do HC, num total de 16, solicitaram a criação de seus Colegiados Gestores. Em 2009, junto aos Colegiados Gestores formados, serão firmados Contratos de Gestão anuais, contendo metas/indicadores e Plano de Ação. Assim da mesma forma que a administração declara e acompanha suas metas anuais, através do Plano de Metas do HC, conforme citado na “Apresentação”, as áreas assistenciais e de apoio também o farão. Desta forma, alinham-se, institucionalmente, as diretrizes e os esforços de melhoria do HC.

O HC promoveu também cursos de especialização para capacitação de gerentes e lideranças. O Curso de Especialização em Gestão Hospitalar contou com 55 vagas destinadas na sua grande maioria para profissionais da assistência. Foi realizado por equipes multiprofissionais um diagnóstico institucional, parcial ou total, nos diversos serviços, como prática de aprendizado. O Curso de especialização do Programa de Desenvolvimento Gerencial, liderado pela PRDU/Grupo Qualifica e AFPU (Agência de Formação Profissional da Unicamp) ofereceu 11 vagas para supervisores do HC. Desde seu início em novembro de 2004, até junho de 2008, o PDG formou 194 gerentes da Unicamp, que elaboraram 90 projetos de melhoria, dos quais 20 já estão implantados.

 

Caius Lucilius com Marita Siqueira
Assessoria de Imprensa do HC UNICAMP