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Na próxima sexta-feira (24/3) às 10 horas da manhã, sinos e buzinas serão tocados em todo mundo para lembrar que a tuberculose continua existindo, afeta muita gente em nosso meio e causa muito sofrimento desnecessário. Nessa data será comemorado o Dia Mundial da Tuberculose e uma das ênfases à comemoração é ressaltar que a tuberculose não é uma doença do passado e mata milhões de pessoas em todo mundo.

Neste ano uma das metas é conseguir a sustentação da luta contra a tuberculose para que em 2050, o um mundo esteja livre da tuberculose. O Brasil está entre os 20 países com maior carga da doença – no país são notificados cerca de 80 mil casos novos por ano, sendo 1/5 deles em São Paulo. A conscientização pública sobre o problema é uma das ferramentas mas eficientes. Pessoas que têm tosse por mais de três semanas devem procurar os serviços de saúde, onde o tratamento é gratuito e dura no mínimo 6 meses.

A tuberculose foi incluída entre as prioridades da Organização Mundial da Saúde, como parte do objetivo geral – ações para uma vida mais saudável. Entre as metas do milênio (Millennium Development Goals – MDGs) está reduzir à metade a incidência e a mortalidade por tuberculose até 2015 e, como meta de longo prazo, eliminar a TB como problema de saúde pública até o ano 2050. De acordo com especialistas para se conseguir esse impacto na tuberculose, é preciso construir parcerias efetivas entre os governos, as organizações da sociedade civil e toda a população.

A aliança mundial STOP TB lançou um Plano Mundial para deter a tuberculose entre 2006-2015. Nele são detalhadas as atividades necessárias para reduzir drasticamente a carga mundial de tuberculose, seguindo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, definidos pela OMS. As metas do STOP TB são: reduzir à metade a incidência e a mortalidade por tuberculose até 2015.

Em Davos, no Fórum Econômico Mundial, Bill Gates anunciou que a Fundação Gates triplicou os fundos para a erradicação da tuberculose, dos 300 milhões de dólares atuais para 245 milhões em 2015. O objetivo é melhorar o atendimento à doença e acelerar as pesquisas em direção a medicamentos, métodos de diagnóstico e vacina. É preciso alertar as pessoas, porque esta é uma doença curável.
Os médicos esclarecem que ainda a tuberculose não é uma doença do passado. Ao contrário, ela é uma preocupação mundial, pelo número de casos e pela sua gravidade. A população, e mesmo os profissionais de saúde, muitas vezes não pensam em tuberculose. Muitas vezes, a demora até o diagnóstico ultrapassa um mês. Enquanto isso, o doente está transmitindo a doença. E no entanto, quase sempre o diagnóstico pode ser confirmado com um exame simples e acessível. Assim, a doença continua a se propagar na população.

Uma vez feito o diagnóstico, o problema é a duração do tratamento. O doente tem que tomar a medicação diariamente, por um período de 6 meses. Mas depois de algumas semanas ele já se sente bem, e aí pode abandonar o tratamento. Mas o tratamento irregular pode levar ao aparecimento de resistência aos medicamentos, os sintomas podem voltar e a doença vai ficando cada vez mais difícil de curar. Pior ainda – este doente pode transmitir tuberculose resistente às outras pessoas e, se elas adoecerem, já terão menor chance de cura.

As taxas de cura vêm aumentando – há cinco anos não passavam de 70%, e hoje, 78% dos casos novos chegam à cura. Entretanto, para realmente interromper a cadeia de transmissão e controlar a doença, é necessário que sejam curados pelo menos 85% dos doentes. A melhor estratégia para conseguir isto é o tratamento supervisionado, isto é, o doente deve tomar a medicação na presença do profissional de saúde, com o incentivo e a participação deste no compromisso de chegar à cura. Esta estratégia, proposta pela OMS para tratamento de todos os doentes, tem mostrado ótimos resultados em todo o mundo.

Muitos municípios paulistas já estão adotando esta prática, e conseguiram superar a meta esperada. Para incentivá-los, a Secretaria Estadual da Saúde tem premiado essas conquistas – no ano passado dezenas de municípios a ganharam prêmio pelas taxas de cura. A cobertura de tratamento supervisionado no Estado, atualmente, é de 40% dos doentes, sendo que quase todos os municípios premiados superam essa média.

Caius Lucilius com Bruna Michelle – Assessoria de Imprensa HC

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