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Mutirão colonoscopia

As equipes de Endoscopia Digestiva, Gastroenterologia e Proctologia do Gastrocentro da Unicamp convocaram 50 pacientes da Unicamp e da Diretoria Regional de Saúde de Campinas (DRS-7) com necessidade de rastreamento de neoplasia colorretal para um mutirão de colonoscopia no dia 14 de março de 2025. Dos 50 pacientes convocados, 47 compareceram no dia do mutirão.

O câncer colorretal é o terceiro tumor que mais causa mortes e o segundo mais incidente em homens e mulheres por volta dos cinquenta anos, depois do câncer de próstata e mama. No Brasil, o câncer colorretal atinge mais de 40 mil pessoas por ano. Com o envelhecimento da população, estima-se que o número de mortalidade em virtude da doença aumente.

De acordo com o coordenador geral do Gastrocentro, Ciro Garcia Montes, a chance de uma pessoa desenvolver a doença é da ordem de 4,3% sendo que ela é mais comum em homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham histórico familiar da doença.

“Se tem uma doença que é possível prevenir 100% é o câncer colorretal. Mas, infelizmente, nos dias atuais, 85% dos casos de câncer colorretal são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor”, diz Ciro.

Segundo Carlos Augusto Real Martinez, coloproctologista da Unicamp e responsável pelo ambulatório multidisciplinar do câncer de reto, a totalidade dos cânceres colorretais tem origem a partir de mutações genéticas que ocorrem nas células que revestem a superfície interna do intestino grosso. Vários exames ajudam no diagnóstico. Desde uma história clínica bem colhida, com pesquisa de antecedentes familiares e o toque retal, até exames mais completos, como a colonoscopia.

“A melhor maneira de se prevenir o câncer colorretal é a avaliação preventiva de cada indivíduo por um especialista e a realização de colonoscopia em todas as pessoas a partir dos 45 anos de idade”, recomenda Martinez.

Para o médico coloproctologista e atual diretor da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Claudio Saddy Rodrigues Coy, uma pessoa com câncer avançado pode ser curada, mas as custas de cirurgias de grande porte, necessidade de quimioterapia e radioterapia e, eventualmente, tratamento de metástases. Tudo isso é acompanhado por uma preocupação com relação ao controle da doença.

“A pessoa fica na dúvida se está curada ou não. O diagnóstico precoce possibilita altas taxas de cura e procedimentos terapêuticos mais simples”, reforça Coy.

De acordo com Rafael Guedes Dias, médico gastroenterologista e endoscopista do Gastrocentro, grande parte dos tumores de cólon tem crescimento lento ao longo dos anos e quanto antes for feita a identificação de pólipos, é possível retirá-los durante o próprio exame.

“A prevenção e o diagnóstico precoce evitam que daqui a cinco ou dez anos essa lesão se torne maligna, trazendo todos os sinais e sintomas de um câncer e suas consequências, como a necessidade de uma cirurgia de grande porte e posterior quimioterapia”, explica o gastroenterologista da Unicamp.

Março Azul Marinho

A ação foi realizada em parceria com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) – Regional de São Paulo e faz parte da campanha Março Azul – Mês de Conscientização e Prevenção do Câncer Colorretal. A Liga Acadêmica de Enfermagem Oncológica da Unicamp também participou do mutirão, entregando panfletos explicativos sobre o que o câncer colorretal, fatores de risco e tratamento e entregou lembranças para pacientes, acompanhantes e visitantes que estiveram no dia 13 de março no Gastrocentro.

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