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Doença de Chagas

O dia 14 de abril é o “Dia Mundial da Doença de Chagas”. O tema da campanha mundial de 2025 é Para prevenção e controle da doença de Chagas todos somos importantes. Para celebrar e marcar a data, o Grupo de Estudos em Doença de Chagas (GEDoCh) do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp promoveu um debate sobre a prevenção e controle da doença de Chagas.

“Embora descoberta há 116 anos pelo médico sanitarista Carlos Chagas, a doença de Chagas ainda continua na relação das doenças negligenciadas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)”, alertou o médico e coordenador do GEDoCh, Luiz Claudio Martins, durante a abertura do evento no anfiteatro do HC da Unicamp.

Por meio de vídeo, o médico Pedro Albajar Vinas, do Departamento de Doenças Tropicais Negligenciadas da OMS, destacou questões de práticas inovadoras na atenção as pessoas com doença de Chagas e reforçou a importância do trabalho multiprofissional e intersetorial para superar os desafios que ainda envolvem a doença de Chagas.

Durante às boas-vindas do evento, o médico Paulo Eduardo Ferreira Neves e coordenador de Assistência do HC da Unicamp, ressaltou que debates como esse “podem contribuir para o avanço da assistência, ensino e pesquisa papel que um hospital universitário deve cumprir para avanço da ciência e compromisso com a comunidade”.

Protagonismo

O médico Eros Antonio de Almeida fez um histórico do GEDoCh, desde sua fundação até os dias atuais, destacando os marcos de cada etapa no processo de existência do grupo, assim como enfatizou os avanços no ensino, pesquisa e assistência e os desafios que ainda precisam ser enfrentados.

As assistentes sociais do HC da Unicamp Maria Virginia R. F. Camilo e Ana Maria de Arruda Camargo falaram sobre o trabalho social desenvolvido com os usuários do ambulatório desde o início do atendimento no hospital. Elas enfatizaram a importância da orientação para a garantia de direitos assegurados nas legislações e o papel fundamental dos usuários organizados em associações, como a de Campinas.

“Os usuários têm um papel importante e dever ter protagonismo para garantia de direitos previdenciários, trabalhistas, assistenciais, associativos e a luta para conquista de avanços que beneficiem as pessoas acometidas pela doença de Chagas”, disseram.

Osvaldo Rodrigues da Silva, presidente da Associação de portadores de doença de Chagas de Campinas e Região (ACCAMP) fez um relato sobre sua história de vida como portado de Chagas. Ele falou sobre o acesso ao serviço de saúde, tratamento e dificuldades enfrentadas. “Precisamos ter uma expressão organizada e estruturada para melhorar a atenção e o cuidado nos serviços de saúde para às pessoas acometidas pela doença de Chagas”, ressaltou Osvaldo.

Motivação

Jamiro da Silva Wanderley abordou de forma lúdica como conviver com uma doença crônica como a doença de Chagas.  O médico do HC evidenciou os desafios e mostrou que as formas como as pessoas têm, individualmente e coletivamente, para lidar com resiliência os limites impostos pela doença e buscar formas de superação. No encerramento, houve uma confraternização para o público do evento, oferecida pelo Núcleo de Voluntárias do HC da Unicamp (NUVOHC).

O evento contou com a participação de aproximadamente 70 pessoas dentre profissionais do HC das áreas de enfermagem e serviço social; alunos de graduação e pós-graduação, lideranças comunitárias, associação de usuários, aposentados de serviços de saúde de São Paulo, professores e pessoas interessadas no tema.

GEDoCh

O GEDoCh completará 50 anos em 2026. A média de usuários de Campinas e região atendidos é de 70 pacientes, sendo de quatro a oito novos casos por mês. O ambulatório funciona às segundas-feiras para consultas de usuários em acompanhamento e às terças-feiras para triagem de novos casos.

Os encaminhamentos de novos usuários para o GEDoCh são feitos pelos serviços de saúde da Diretoria Regional de Saúde de Campinas (DRS-7),  banco de sangue, UBS, policlínicas, hospitais e outros ambulatórios do HC e do complexo de Saúde da Unicamp.

O  GEDoCh é composto por equipe multiprofissional formada pelos médicos Luiz Claúdio Marins, Eros Antonio de Almeida, Jamiro da Silva Wanderley, pela assistente social Ana Maria de Arruda Camargo,  pela enfermeira Lívia Maria Justo Miziara, pela secretária Irene Albino Luciano Côrrea por diversos alunos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

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