Estudo clínico para testes da Coronavac no HC será ampliado para mais 500 voluntários


O HC da Unicamp começa nesta quarta-feira (07-10) a inclusão de mais 500 voluntários nos estudos clínicos que estão testando a Coronavac no Brasil. A quantidade de voluntários foi ampliada para 1000 pessoas que tenham interesse em participar dos estudos. Nessa nova etapa serão inclusos voluntários com mais de 60 anos. Outro diferencial nessa etapa, é que agora não será feita triagem para verificação de infecção previa pelo coronavírus.

A ampliação de mais voluntários nos estudos clínicos da Coronavac no Brasil, foi requerida pelo Instituto Butantan e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A quantidade de voluntários foi ampliada de 9 mil para 13 mil pessoas que tenham interesse em participar dos estudos. A ampliação também foi aprovada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

O perfil dos voluntários que poderão se candidatar ao estudo permanece praticamente o mesmo. Profissionais da saúde que estejam trabalhando no atendimento a pacientes com Covid-19. Até então os estudos não permitiam também pessoas com mais de 60 anos. Já as mulheres não podem estar grávidas ou estarem planejando uma gravidez nos próximos três meses. Importante lembrar que outra restrição é não ter doenças instáveis ou que precisem de medicações que alterem a resposta imune.

A vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela Sinovac Life Science, é uma das mais promissoras do mundo, porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. Por isso, o Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deva ocorrer mais facilmente. O laboratório com sede em Pequim já realizou testes do produto em milhares de voluntários na China, nas fases I e II. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.

A farmacêutica forneceu então ao Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos de fase III em voluntários no Brasil, com o objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança. Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial tanto na China quanto no Brasil para fornecimento gratuito ao SUS (Sistema Único de Saúde). Os passos seguintes serão o registro do imunizante pela Anvisa e fornecimento em todo o Brasil.

“A união da experiência do Butantan na produção de imunobiológicos aos esforços da Sinovac permitirá que logo o país tenha uma vacina efetiva e segura contra a Covid-19, protegendo as pessoas e salvando milhares de vidas”, afirma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Ao todo são 12 centros de estudos espalhados por 5 estados brasileiros mais o Distrito Federal. Novos centros de pesquisa podem se juntar ao estudo nos próximos dias. Confira abaixo a relação de todos eles:

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Instituto de Infectologia Emílio Ribas

Hospital Israelita Albert Einstein

Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas)

Faculdade de Medicina de Rio Preto

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto

Universidade de Brasília (UnB)

Fiocruz. Município de Niterói/RJ

Universidade Federal de Minas Gerais

Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul

Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná

Caius Lucilius – Assessoria de Imprensa HC com Assessoria de Imprensa do Instituto Butantan

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