Prof. Dr. Kleber Gomes Franchini (comissionado)
Prof. Dr. Márcio Jansen de Oliveira Figueiredo
Prof. Dr. Otávio Rizzi Coelho
Prof. Dr. Otávio Rizzi Coelho Filho
Prof. Dr. Wilson Nadruz Júnior
A disciplina de Cardiologia do HC é formada por docentes e médicos que diagnosticam e tratam as doenças do coração. É a especialidade da medicina que avalia a capacidade, pesquisa, previne e trata as doenças e anormalidades que afetam o coração bem como, as grandes artérias e veias do corpo humano que formam, juntamente com o coração, o chamado Sistema Cardiovascular.
Além do acompanhamento de casos graves, a disciplina também dá encaminhamento aos procedimentos que necessitam de tratamento cirúrgico cardiovascular mais complexo, como a revascularização do miocárdio (pontes de safena ou mamária) ou transplantes cardíacos. São cerca de 300 cirurgias cardiovasculares por ano, 200 implantes de marcapasso e cerca de 1200 cateterismos/ano.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia há 20 anos, as doenças cardiovasculares eram a terceira causa de morte no país, hoje é a primeira. Poucas pessoas acreditam que os hábitos atuais terão conseqüências daqui a 15 ou 20 anos. Não fumar, caminhar e manter o peso reduzem muito os riscos futuros.
Nos últimos anos é provável que a cardiologia, junto com a genética e a biologia molecular tenham sido os capítulos médicos do conhecimento humano que mais se desenvolveram e nos quais se expressaram os verdadeiros “milagres” que alçaram a vida média e a qualidade de vida a patamares nunca antes atingidos.
A prevenção das doenças cardiovasculares através da atuação sobre os fatores de risco como: hipertensão, altas taxas de colesterol, diabetes e tabagismo, têm conseguido na atualidade uma espetacular reversão na curva da mortalidade das doenças cardíacas, já se colocando como primeiro e fundamental plano de quaisquer tratamentos cardiológicos.
No Brasil, cerca de 40% dos adultos estão com o colesterol alterado, ou seja, com o LDL (“mau” colesterol) acima de 120 mg/dl. Esse resultado aparece num estudo feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Nos EUA, cerca de 35% dos adultos têm o colesterol alterado.
A atuação no sentido de prevenir novas doenças ou evitar a piora do quadro de pacientes que já possuem qualquer alteração cardíaca, também tem sido alvo de uma verdadeira revolução, seja através de drogas – cada vez mais eficientes e com menos riscos – ou através de estratégias não medicamentosas como a reabilitação cardiovascular; a revolução nutricional e as mudanças efetivas dos hábitos de vida.
O desenvolvimento de novas ferramentas diagnósticas, através de exames cada vez mais sensíveis, específicos e seguros para os pacientes, são aliados expressivos na luta contra a mortalidade cardiovascular em nossos dias. A ultra-sonografia, a medicina nuclear, a cineangiocoronariografia e a eletrofisiologia, são alguns exames que vêm alcançando níveis específicos, complexidade e eficiência, a ponto de se transformarem em verdadeiras sub-especialidades cardiológicas no arsenal cardiológico e terapêutico cardiovascular.
A cardiologia tem como objetivo preservar e/ou restaurar a saúde do coração de cada um de nós.