Fontes de cobalto são trocadas no HC e CAISM


As fontes radioativas de cobalto, utilizadas no tratamento de pacientes com câncer no CAISM e no Hospital de Clínicas da Unicamp, foram trocadas por técnicos habilitados pela empresa fabricante das fontes. Os especialistas vieram dos EUA para realizar o trabalho na presença de responsáveis pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e os aparelhos utilizados nos serviços de Radioterapia dos hospitais devem iniciar os tratamentos nos próximos dias.

As fontes, que estavam no interior de um container de chumbo e isoladas desde o mês de agosto em uma sala adequada no CAISM, foram inseridas nos cabeçotes dos aparelhos, ajustadas e testadas pelos técnicos com relação ao correto funcionamento. Tal procedimento, que incluiu manutenção prévia do cabeçote e um perfeito acoplamento entre o container e o cabeçote, foi distinto ao que se realizou em 1998 no CAISM e em 2001 no HC, quando todo o cabeçote do aparelho foi retirado e trocado por um novo.

Além dos procedimentos realizados nos dias de trocas, em 18 de outubro, um técnico, responsável pelo Programa de Qualidade em Radioterapia do Instituto Nacional do Câncer, veio a Unicamp realizar mais testes para confirmar a boa condição dos aparelhos. As Unidades de Cobaltoterapia são construídas segundo normas internacionais e seu uso para tratamento dever ser feito de acordo com normas da CNEN. As fontes colocadas nos aparelhos têm condições de tratar pacientes em radioterapia por aproximadamente 10 anos.

“Os resultados dos testes estão de acordo com recomendações de normas e protocolos nacionais e internacionais e os aparelhos estão em ordem para retomar o tratamento dos pacientes”, comenta a física do Centro de Engenharia Biomédica da Unicamp, Rosângela Franco Coelho. E, Márcio Tokarski Pereira, físico do CEB, completa: “Foi realizada uma verificação completa dos parâmetros de funcionamento para garantir que os equipamentos estejam funcionando de forma segura. De acordo com os resultados dos testes o desempenho dos aparelhos mostrou-se adequado”.

Após a troca no CAISM, o container com as fontes foi levado para o HC para realizar a troca no Serviço de Radioterapia do Hospital. Para este deslocamento foi realizada a mesma operação para transporte e segurança dos locais envolvidos que ocorreu na chegada das fontes, em função da necessidade de cumprimento das normas de segurança da CNEN e do Ministério dos Transportes para cargas radioativas.

Atualmente, as fontes exauridas permanecem dentro do container que, por sua vez, foi inserido na embalagem de transporte e aguarda autorização para exportação. No local, há segurança 24 horas e placas indicativas de área de radiação. A manutenção dos aparelhos para radioterapia é realizada pelos técnicos da Engenharia Clínica do CEB.

A Unidade de Cobaltoterapia do CAISM fazia em média 35 atendimentos mensais, com pacientes submetidos a sessões diárias de 18 minutos, de segunda a sexta. De início será mantida esta média, mas com a nova pastilha, a expectativa é aumentar o atendimento de 36 para 50 pacientes. No HC da Unicamp, a média é de 20 pacientes por mês, e também deve dobrar, podendo chegar a 50 pacientes mensais.

Caius Lucilius com Paula Conceição

Assessoria de Imprensa do HC Unicamp