HC adere à campanha nacional “Julho Verde”


O Hospital de Clínicas da Unicamp participou na quinta-feira (27/7), da Campanha pelo Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço. O objetivo foi alertar a população sobre a alta incidência da doença no país, principais fatores de risco e formas de prevenção. Orientações e informações foram promovidas ao público, na rampa de entrada do 3º andar do HC, sem necessidade de agendamento. Todos os anos são realizadas cerca de quatro mil consultas no ambulatório de cabeça e pescoço do HC, e em média, 30% dos casos são suspeitos de câncer.

Todos os anos surgem mais de 41 mil novos casos da doença, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura do câncer de cabeça e pescoço. Um dos principais problemas para o tratamento é o diagnóstico tardio, que ocorre em 60% dos casos, deixando sequelas no paciente. 

“A pessoa que apresenta sintomas como: nódulos no pescoço – incluindo a tireóide – lesões na boca que não cicatrizam, mudanças na voz, rouquidão, dor para engolir e lesões na pele da face, devem procurar um serviço de saúde para primeira avaliação”, alerta o cirurgião do HC, Flávio Mignone Gripp, representante regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP).

O hábito de fumar e ingerir bebidas alcoólicas potencializa em até 20 vezes o risco de uma pessoa saudável desenvolver algum tipo de câncer de cabeça e pescoço. Além destes fatores, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, o papilomavírus (HPV), tem contribuído com o aumento da doença nos últimos anos. Estudos brasileiros comprovam que cerca de 7% da população pode ter infecção pelo HPV detectada na boca principalmente, por meio da prática de sexo oral sem proteção.

Segundo levantamento do Inca, o câncer mais frequente nas regiões da cabeça e pescoço nas mulheres é o câncer de tireóide e, nos homens, o câncer de boca, laringe e faringe. Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação que abrangem o câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe (onde é formada a voz), esôfago, tireóide e seios paranasais.

A falta de prevenção do câncer de cabeça e pescoço ainda é um grande desafio no Brasil. O diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura, que pode chegar a 90%. Geralmente são tratados por meio de cirurgias, quimioterapia e radioterapia.

Julho verde 
A data 27 de julho foi definida como o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço no congresso mundial da especialidade, realizado em 2014, pela Federação Internacional das Sociedades Oncológicas de Cabeça e Pescoço e a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. 

Este ano, a ação alerta para a prevenção e conscientização do câncer de cabeça e pescoço e sobre a importância dessa prevenção e urgência de implementação de políticas públicas por parte das autoridades de saúde. Em Campinas, a campanha tem o apoio da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), e aconteceu, simultaneamente, no HC da Unicamp; no Hospital Celso Piêrro (PUCC); no Hospital Ouro Verde e no Largo do Rosário.
 
O evento no HC também contou com a apresentação do coral de pacientes laringectomizados (que passaram por retirada total da laringe) e que tem aprendido através da voz esofágica, uma nova maneira de se comunicar. 
Quando laringectomizado, o paciente não perde a fala nem a linguagem e sim, a voz laríngea. O fonoaudiólogo é responsável por orientar adequadamente para a reabilitação da voz. O sucesso da reabilitação vocal dependerá também do paciente, pois é um trabalho coletivo no qual todos devem colaborar, inclusive os familiares.

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Caius Lucilius com Caroline Roque e Juliana Castro
Assessoria de Imprensa do HC