HC e DRS-7 propõem matriciamento de pacientes para melhorar atendimento na região de Campinas


Na manhã se sexta-feira (4/11), aconteceu pela primeira vez no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, a reunião presencial da Comissão Intergestora Regional (CIR) da Diretoria Regional de Saúde (DRS-7) após o período de pandemia de Covid-19. Durante a reunião, a superintende do HC da Unicamp, Elaine Cristina de Ataíde, apresentou uma proposta de contrarregulação e matriciamento compartilhado entre a Unicamp, Secretarias de Saúde, DRS-7 e Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS) para organizar melhor a rede de atendimento hospitalar, desafogar o HC e atender e acompanhar o paciente após a alta médica em sua cidade de origem.

“Nossa proposta é fazer uma parceira com vocês para capacitar e acompanhar as equipes de saúde para atender o paciente em sua cidade de origem após ser transferido pelo HC. Essa capacitação será feita por teleinterconsulta e poderá ser diária ou semanal e o acompanhamento poderá até mesmo ser durante a visita ao paciente”, disse Elaine durante a apresentação.

Um exemplo citado pela superintendente do HC da Unicamp são os pacientes encaminhados para a realização de cateterismo. Após o procedimento realizado pela equipe de cirurgia cardíaca do HC da Unicamp, todo o procedimento do pós-cateterismo passaria a ser realizado pela equipe médica do hospital da cidade de origem do paciente.

“A partir do momento que o médico começar a receber um, dois ou três pacientes e for acompanhado remotamente pela equipe do HC, tenho a convicção de que ele vai se sentir cada vez mais capacitado e seguro para atender melhor aquele paciente e outros também”, destacou Elaine.

Dentro do projeto apresentado pela superintendente do HC da Unicamp aos representantes das Secretarias de Saúde da região de Campinas que participaram da reunião, está ainda a possibilidade da realização de cursos de atualização e educação continuada pela Unicamp para médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde.

“Esse é um movimento forte e transparente que irá gerar menos tempo de espera para o atendimento, avaliação e cirurgia do paciente”, acredita Elaine.

Após a apresentação da proposta, houve a deliberação entre os representantes das Secretarias de Saúde presentes na reunião. Foi decidido pela criação de um Grupo de Trabalho para estabelecer as regras e estratégias para a implantação e incorporação do projeto em toda a rede de saúde de Campinas e região.

Fernanda Penatti, diretora da DRS-7 disse que essa é uma ação pioneira que dará vazão à alta complexidade de atendimentos as quais o HC da Unicamp realiza acima de sua própria capacidade e da própria região de Campinas. O desafio, agora, segundo Fernanda, é pensar em como transformar esse processo em ações que não dependam exclusivamente de pessoas, mas que fluam de acordo com aquilo que for pactuado.

“Esse projeto foi pensado com muito carinho. Vamos dar a oportunidade do paciente mais grave estar internado num hospital de alta complexidade e os de menor complexidade em serviços instalados na região. O nosso desafio é fazer o manejo desses pacientes que estão em nossa porta por nível de complexidade baseado na assistência disponível em cada cidade, em cada hospital de nossa região”, destacou Fernanda, confiante no projeto.

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