HC incorpora servidor Blade de última geração


O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp recebeu na última semana, o servidor Blade. O novo equipamento representa um salto tecnológico para o hospital. Com capacidade de duplicar o processamento dos servidores, o Blade junto com o storage – equipamento com capacidade de 100 terabytes para armazenamento de dados – concentram a maior capacidade de depósito de informações da Universidade em uma única unidade. A aquisição desses equipamentos integra o Plano de Atualização Tecnológica do HC, que prevê inclusive, o prontuário eletrônico e foi viabilizada com recursos do HC e da reitoria.
 
O servidor Blade pode gerar eficiências de custos significativos em relação a servidores de rack, ocupam um espaço menor, consomem menos energia e fornecem grandes vantagens em termos de gerenciamento, escalabilidade e flexibilidade. Além disso a virtualização assegurada pelo servidor Blade é a base para iniciativas baseadas na nuvem, permitindo a partilha de recursos e a otimização de investimentos em tecnologia. Outra característica proporcionada pelo servidor Blade é uma redução de 85% em seus cabeamentos.
 
A modernização da estrutura de informática do hospital vai contribuir para a melhoria na qualidade do atendimento oferecido em toda a área de saúde da Unicamp, o que inclui o CAISM e Gastrocentro. “Os exames de imagem são os arquivos que mais consomem espaço nos nossos servidores”, conta Edson Luiz Kitaka, diretor do Departamento de Informática (DINF) do HC. Ele explica que os novos equipamentos melhoram a agilidade no acesso aos dados, diminuem significativamente os riscos de falhas no sistema e problemas com a segurança. “Como trabalhamos com dados de pacientes, a segurança é essencial”.
 
Avaliados em mais de R$ 3 milhões no mercado, os dois equipamentos foram adquiridos por menos de R$ 2 milhões. A economia na compra foi resultado de um pregão eletrônico. “Além do pregão, o interesse das empresas em ter novas tecnologias usadas em centros de ensino ajudou na aquisição”, completa. O storage foi adquirido com verba da reitoria, através do Plano de Atualização Tecnológica Continuada (PATC) e o servidor com recursos do hospital.
 
Essa nova tecnologia resolve uma questão atrelada ao crescimento do volume de informações armazenadas pelo hospital: o aumento na demanda de espaço nos servidores em razão dos novos equipamentos de imagens como PET/CT, tomógrafos etc. Com o servidor Blade em conjunto com o storage é possível trabalhar com a “virtualização”, na qual vários sistemas podem ser executados em um único equipamento, otimizando o uso da estrutura disponível. “Agora nós podemos criar novos servidores virtuais, sob demanda e sem a necessidade de ampliar o espaço físico”, acrescenta.
 
Para ilustrar a economia de espaço físico que essa mudança representa, uma lâminas do novo servidor substituem três racks de servidores antigos (foto), uma redução superior a 50% na área ocupada. “Nós dobramos a nossa capacidade de armazenamento, ocupando menos espaço”, afirma Fábio Maurício Mengue, analista de sistemas do HC. O destino dos servidores antigos ainda está em avaliação pela equipe de informática na fase de transição, mas parte dos equipamentos será doada para outros setores da Universidade.
 
Diferente dos servidores rack que são quase que sempre posicionados horizontalmente nos racks, os blades são normalmente posicionados verticalmente nos racks e utilizam um chassis que efetivamente faz a interface com o rack. O mercado para blades no mundo, segundo o Gartner, representa mais de 30% do mercado total de servidores .
 
O DINF está promovendo outras ações de modernização com a ampliação da rede sem fio para todo o hospital e a aquisição de tablets para que a equipe médica tenha fácil acesso a exames e informações sobre os pacientes, mantendo a mobilidade. “Com isso o médico pode levar o exame com ele e mostrar em uma discussão de caso, sem que o exame fique inacessível nesse período”, aponta Kitaka.
 

Nuvem
O investimento na modernização da estrutura do HC atende a um projeto futuro, a nuvem de dados da Unicamp. “A nuvem ainda está em processo de elaboração, mas nós já investimos na capacitação física do hospital para atuar como base importante na viabilização desse projeto”, explica. Os equipamentos adquiridos pelo HC seguem o padrão do Centro de Computação da Unicamp (CCUEC), garantindo total compatibilidade na criação da nuvem.
 
Caius Lucilius com Jéssica Kruckenfellner – Assessoria de Imprensa HC