HC participa da campanha “Coração na Batida Certa”


Médicos do HC da Unicamp promoveram nesta quinta-feira (12-11), uma série de atividades da campanha “Coração na Batida Certa”, que visou alertar a população e fornecer informações sobre arritmias cardíacas. A campanha foi coordenada pelos médicos da Disciplina de Cardiologia da FCM Márcio J. Oliveira Figueiredo e Fernando Piza de Souza e fez parte da terceira edição da Campanha Coração na Batida Certa, promovida pela Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), com atividades programadas em várias cidades do Brasil.

As arritmias cardíacas são alterações no ritmo normal das batidas do coração e podem se apresentar em diferentes formas: as taquicardias – onde o coração bate mais rápido que o normal, as bradicardias – em que o coração bate mais devagar e casos em que o coração bate com irregularidade. Também apresentam grande variação em relação à gravidade, existindo desde formas de arritmias que não trazem nenhum risco até formas graves que podem levar à morte súbita. Podem ocorrer em pessoas saudáveis ou com predisposição genética, mas muitas vezes aparece em pessoas com fatores de risco que podem ser prevenidos, como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, alterações nas valvas cardíacas ou disfunção da glândula tireóide.

Segundo Márcio Figueiredo a fibrilação atrial é a arritimia mais freqüente e sua ocorrência aumenta com a idade. Para se ter idéia da importância do tema, comenta, estima-se que 2,5% da população na faixa dos 40 anos e 6% acima dos 65 anos sejam portadores de fibrilação atrial. Para prevenir a ocorrência das arritmias, a melhor forma é procurar um cardiologista ou um clínico geral para evitar e tratar as doenças do coração.

Já a morte súbita é um problema inesperado, repentino, não acidental e na maioria das vezes, é de origem cardíaca e mata no Brasil entre 200 e 300 mil pessoas por ano. O médico esclarece que ataque cardíaco ocorre em qualquer idade sendo que 5% manifestam infarto sem dor, 45% dos casos apresentam dor e cerca de 50% são súbitos. “Uma vez diagnosticado, o paciente poderá ser encaminhado a um especialista em arritmias cardíacas para escolher a melhor forma de tratamento e fazer o acompanhamento adequado”, explica Figueiredo.

Outros detalhes sobre a campanha no site www.arritmiasemortesubita.org.br.

 

Caius Lucilius e Mariana Nogueira Marciano
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp