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A TV Globo veiculou na última sexta-feira, 21 de fevereiro, o programa Globo Repórter especial sobre infarto do miocárdio, que teve a participação de profissionais do Hospital de Clínicas da Unicamp e dois pacientes. O HC foi um dos hospitais escolhidos pela produção do programa, após acertos sobre fontes e personagens com a assessoria de imprensa, poucos dias antes do Natal de 2013.

Conduzidas pela repórter Graziela Azevedo, as reportagens aconteceram no dia 8 de janeiro, na UTI coronariana e no serviço de cateterismo cardíaco. O professor Otávio Rizzi Coelho foi o responsável pelas explicações sobre os procedimentos de emergência realizados na instituição para pacientes com infarto. “O infarto mata mais de cem mil brasileiros por ano e boa parte dessas mortes seria evitada se não houvesse tanta desinformação”, ressaltou Coelho.

O infarto ocorre devido a formação de um coágulo (trombo) que interrompe, de forma súbita e intensa, o fluxo de sangue no interior da artéria coronária. A principal causa do infarto é a aterosclerose, processo no qual placas de gordura se desenvolvem, ao longo dos anos, no interior das artérias coronárias, criando dificuldade à passagem do sangue.

Durante a entrevista, o chefe da Disciplina de Cardiologia da FCM, enfatizou a agilidade no socorro especializado à vítima, já que cada minuto é vital para evitar lesões ou mesmo o óbito. “Na maioria dos casos, o infarto ocorre quando há o rompimento de placas de gordura, levando a formação do trombo e interrupção do fluxo sanguíneo”, explica.

Nesse casos os procedimentos são o uso de um medicamento específico para evitar a trombose e ainda a angioplastia (cateterismo) que é o procedimento em que cardiologistas especializados passam um cateter e inflam um pequeno balão que desobstrui a artéria entupida. “Males do coração como o infarto exigem calma, mas também atitudes precisas e ações rápidas”, conclui o docente.

Os dois personagens do HC que participaram do programa, chegaram graves na Unidade de Urgência e Emergência do HC. Gilberto Donim foi socorrido pela esposa ao perceber sinais de mal estar do marido. Já o eletricista e atleta Luiz Carlos da Silva sofreu um infarto durante uma corrida. Ambos passam bem e voltaram a ter uma vida normal.

Dados do Ministério da Saúde revelam que a mortalidade média por infarto nos serviços públicos do Brasil está em torno de 15%. Bem acima da média dos países mais avançados da Europa, que é de 6%. O infarto ocorre em qualquer idade sendo que 5% se manifestam sem dor, 45% dos casos apresentam dor e cerca de 50% são súbitos.

Assista a reportagem aqui

Caius Lucilius com Caroline Roque
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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