O Hospital de Clínicas da Unicamp promoveu no sábado (18) um mutirão de cirurgias de catarata das 7h00 às 17 horas. Organizado pelo Núcleo de Prevenção à Cegueira, o mutirão realizou 80 procedimentos cirúrgicos. Atualmente, a cirurgia é indicada para qualquer tipo de catarata, sendo a única forma de tratar a doença. O HC produz normalmente até 300 cirurgias de catarata todo mês. O procedimento levou em média meia hora para ser realizado.
“Nós sempre organizamos mutirões de consultas para detecção da catarata, mas esse é voltado para realização de cirurgias, atendendo uma demanda especial que estava represada”, explica Denise Fornazari, oftalmologista que coordena a equipe do mutirão.
Ela esclarece que o objetivo não é zerar a fila de espera pela cirurgia. “Não existem filas de espera no HC. As filas se concentram nos municípios e os pacientes, quando encaminhados para o HC levam entre dois e três meses para serem operados”. Esse é o tempo necessário para realização de todos os exames pré-operatórios. No mutirão serão atendidos pacientes das cidades de Pedreira e Sumaré.
A catarata é a opacificação do cristalino – lente natural existente no globo ocular – parte responsável pela focalização da visão para perto e longe. Esse processo de diminuição progressiva da visão ocorre geralmente após os 50 anos, mas quando esse quadro evolui rapidamente, é preciso procurar um oftalmologista.
O principal sintoma é a dificuldade para enxergar com nitidez e com o tempo a pessoa passa a ver apenas vultos. Atribuída principalmente a idade, o uso persistente de colírios sem indicação de um médico, inflamações e traumas (batidas e lesões) na região dos olhos também são fatores de risco que podem originar a doença. A cirurgia recupera a visão do paciente na maioria dos casos e melhora sua qualidade de vida.
Caius Lucilius com Jéssica Kruckenfellner – Assessoria de Imprensa HC