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Uma comitiva de médicos de Angola está visitando o Hospital de Clínicas da Unicamp e o Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp). Mariquinha Venâncio (Diretora Clínica) e Agostinho Matamba (Diretor pedagógico e científico) integram a direção do hospital Josina Machel, de Luanda, e estão na Unicamp para capacitações médicas através do convênio técnico de cooperação internacional, entre hospital e a área de Saúde da Universidade.

Os médicos angolanos chegaram ao Brasil nesta segunda-feira (14-4) onde permanecem até hoje (16-4). Eles foram recebidos no HC da Unicamp pelo professor Francisco Aoki, responsável pelo convênio e no HES-Unicamp pela coordenadora do Núcleo de Saúde Pública, Maria Helena Postal Pavan.

O objetivo do convênio é ofertar aos profissionais de saúde angolanos, treinamento e capacitação de qualidade para atuarem no país. “É na Unicamp que oferecemos todos os recursos necessários para a aprendizagem dos profissionais, desde médicos até enfermeiros e fisioterapeutas”, explica Aoki.

O convênio está em andamento desde 2005, porém o potencial foi diminuindo. Atualmente é encaminhado à Unicamp um médico por ano. Em anos anteriores, chegavam ao HC em média, 10 profissionais.

Os aprimorandos ficam em regime de tutoria, entre 2 e 3 anos. No final do treinamento, obrigatoriamente devem desenvolver um trabalho final, como artigo científico, revisão de trabalho ou livro. Voltando à Angola, apresentam o trabalho desenvolvido no Brasil, que é a avaliado a fim de receberem o título de especialista.

Em Angola, a média de médico por habitante está em 1 para 8 mil. Com o fim da guerra civil em 2002, o país encontrou-se com infraestruturas destruídas, incluindo a hospitalar. “O importante é capacitar profissionais da saúde do país, principalmente devido aos resultados do pós guerra”, completa Aoki.

O hospital Josina Machel é o mais antigo de Angola, criado em 1864, onde existiam ruínas de um convento de São José dos Terceiros Franciscanos. A entrega do prédio ocorreu em 1883, como Hospital Militar de Luanda. Em 1977, o hospital passou a chamar-se Josina Machel em homenagem a esposa do ex-presidente moçambicano Samora Machel e 1981 a instituição foi classificada como patrimônio histórico cultural.

Josina Machel foi uma das jovens que fugiram de Moçambique para integrar a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e lutar pela independência do país. Em 1969, casou-se com militar Samora Machel, que virou um líder revolucionário pela independência de Mocambique e com quem teve um filho. Josina Machel morreu no dia 7 de abril de 1971, vítima de doença. A data foi consagrada como Dia da Mulher Moçambicana.

Caius Lucilius com Caroline Roque
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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