Ministro Padilha anuncia investimentos no HC


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou do XX Congresso Médico Acadêmico da Unicamp (CoMAU), promovido pelos alunos do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) no início do mês. Padilha foi recebido no auditório da FCM pelo reitor Fernando Ferreira Costa, pelo diretor da FCM, Mario José Abdalla Saad, pelo superintendente do HC, Manoel Bértolo e pela deputada federal Aline Correa. Durante a abertura do evento, o ministro anunciou investimentos do Ministério da Saúde para a ampliação do Pronto-Socorro do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e para a construção de um hospital oncológico para o tratamento e pesquisas sobre câncer dentro da Universidade.

Ambos projetos estão em fase adiantada de avaliação no Ministério da Saúde. “Nos próximos três anos, a Ministério da Saúde vai investir um bilhão e meio de reais em editais para projetos de pesquisa no campo da saúde e a Unicamp pode se tornar um dos pólos mundiais de pesquisas na área oncológica”, revelou Padilha, ex-aluno do curso de medicina da FCM e ex-presidente do Centro Acadêmico Adolfo Lutz (Caal). Padilha também anunciou dois projetos do Ministério da Saúde voltados para os alunos de graduação e médicos residentes: o Brasil Sem Fronteiras, para estimular o aluno a terminar sua graduação em outro país, e o Pró-Residência, para mapear quais especialidades médicas são necessárias para o Brasil.

“Estudar em outro país abre a cabeça e reforça os laços das instituições. O Brasil é o país que mais envelheceu no mundo. Vivemos uma epidemia de acidentes e mortes por motos e carros. Precisamos formar geriatras, neurocirurgiões, neonatologistas, pediatras e médicos do trauma”, disse Padilha. O reitor da Unicamp disse que é uma honra ter um ex-aluno da Universidade no cargo de ministro da Saúde. Costa disse ainda que participou da abertura de pelo menos 15 CoMAUs, que têm característica única: ele é organizado inteiramente por alunos. “O CoMAU é a oportunidade dos alunos apresentarem o resultado de seus trabalhos, ouvir opiniões e discutir assuntos estratégicos para o país, principalmente na medicina”, explicou Costa.

O diretor da FCM, Mario José Abdalla Saad, disse que foi em 1991, na gestão do professor Luis Alberto Magna, que surgiu o CoMAU. Em 1995, Fernando Costa, então diretor da FCM e Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva, diretor-associado no período, instituíram o prêmio Lopes de Faria. O prêmio é um estímulo à iniciação científica. Concorrem ao prêmio de R$ 4 mil todos os trabalhos inscritos e apresentados no último CoMAU. Seis trabalhos são selecionados para disputar o prêmio, avaliados e julgados por uma comissão indicada pela Câmara de Pesquisa da FCM. “Essa foi uma iniciativa dos alunos que deu certo. Precisamos criar a cultura de valorizar o que é acadêmico. Coisas boas devem virar tradição. A FCM é uma parceira do Ministério da Saúde para ajudar a saúde do Brasil”, ressaltou Saad.

Durante o evento, foi descerrada uma placa comemorativa aos 20 anos do CoMAU e várias autoridades foram homenageadas pelos alunos, dentre eles os professores Gustavo Fraga e Gil Guerra Júnior, apoiadores do XX CoMAU; Luis Alberto Magna; André Ricardo Ribas de Freitas, primeiro presidente do CoMAU; Mario Saad; Alexandre Padilha e Fernando Costa. De acordo com o estudante do curso de medicina da FCM e membro da comissão organizadora do congresso, Alcir Escocia Dorigatti, 35 trabalhos científicos foram inscritos nas seis categorias que compõem o prêmio Adolfo Lutz: ginecologia e obstetrícia; pediatria, cirurgia; clínica; básica e saúde coletiva. De cada categoria, um trabalho foi escolhido para concorrer ao prêmio Lopes de Faria.

“Nesta edição do CoMau, ocorream palestras que enfatizaram o tema “medicina à distancia”. Teremos uma videoconferência direto de Miami, com links ao vivo para outros hospitais e uma palestra com o professor Sandro Rizoli, diretamente da Universidade de Toronto, no Canadá. Foi algo que nunca foi feito antes”, disse Dorigatti. Mais de 300 alunos se inscreveram para o CoMau. 

 

Edimilson Montalti (texto), Mercedes Santos e Erasmo Salomão (fotos)

Assessoria de Imprensa da FCM