O Hospital de Clínicas da Unicamp passará a dispor da tecnologia de hemodiálise/hemodiafiltração contínua destinada a crianças e adolescentes internados em leitos de UTI. O equipamento contribui para a recuperação de pacientes graves com lesão renal aguda de diversas causas e que não suportam hemodiálise convencional ou diálise peritoneal.
Entre as vantagens do novo equipamento está a capacidade de remover lentamente grandes volumes de líquido e toxinas acumuladas por causa da insuficiência renal, evitando episódios de queda da pressão arterial e minimizando sequela renal permanente.
Os treinamentos para uso do equipamento e dos protocolos clínicos aconteceram em setembro no hospital e foram coordenados pela nefrologista pediátrica, Lilian Monteiro P. Palma e pelo coordenador da UTI Pediatrica, Marcelo B. Brandão, com o apoio da empresa que fornece o equipamento.
Segundo a médica Lilian Palma, a tecnologia de hemodiálise contínua já é utilizada em hospitais de todo o mundo e diversas instituições no Brasil. O equipamento disponível no HC permite simplificar a Terapia de Substituição Renal Contínua (CRRT) e ajudar pacientes críticos internados, inclusive reduzindo a carga de trabalho da enfermagem e da equipe médica. “A indicação do procedimento é feita pelo nefrologista para casos graves muito específicos, nos quais as modalidades clássicas de diálise não podem ser empregadas”, diz Palma.
“O uso da hemodiálise contínua para crianças no HC permitirá um adequado suporte à função renal em situações complexas, como cirurgias cardíacas, transplante hepático e choque séptico com insuficiência renal, entre outras. Isto pode garantir mais segurança no cuidado desses pacientes e apoio terapêutico às diferentes especialidades que atuam em conjunto na linha de cuidado de pacientes pediátricos críticos”, esclarece o coordenador de administração e nefrologista, Rodrigo Bueno de Oliveira.
A nova tecnologia possibilita, além da hemodiálise contínua, a técnica de plasmaférese (troca terapêutica do plasma) indicada para pacientes com doenças autoimunes e transplantados de rins com rejeição mediada por anticorpos.Os nefrologistas ressaltam que a nova tecnologia chega ao HC da Unicamp para acrescentar uma opção terapêutica aos métodos tradicionais já empregados em ambiente de terapia intensiva pediátrica.
Caius Lucilius – Assessoria de Imprensa HC