Após dois anos suspenso, a Organização de Procura de Órgãos da Unicamp (OPO) promoveu a sétima edição do Encontro Regional de Coordenações Intra-Hospitalares de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs). O evento ocorreu no Centro de Convenções da Unicamp e reuniu durante dois dias, 342 participantes de 58 hospitais da área de abrangência da OPO Unicamp.
A OPO Unicamp é responsável por dar cobertura a 124 cidades da região, para notificação de potencial do doador e a captação de órgãos. O serviço da Unicamp já assegurou diversas premiações no Prêmio “Destaque – Transplante e Captação de Órgãos”, criado pelo Governo do Estado de São Paulo que é dividido nas categorias de transplantes realizados, melhor organização de procura de órgãos e melhor comissão intra-hospitalar. Desde a sua primeira edição, o CIHDOTTs já capacitou mais de 1500 profissionais de saúde.
“Entre os temas do curso desafios pós pandemia, novas modalidades de agilizar o diagnóstico de morte encefálica, ações para entrevista familiar e diminuição da recusa, entre outros. Tudo fundamentado em discussões técnicas, científicas e jurídicas, propondo melhorias para o Sistema Estadual de Transplantes e Doações”, explica o neurologista Luiz Antonio da Costa Sardinha (Foto abaixo), coordenador da Organização de Procura de Órgãos do HC.
Atualmente, a doação de órgãos deve ser consentida. Portanto, não vigora mais a lei que só considerava efetivamente doadores aqueles que tivessem no RG ou na Carteira Nacional de Habilitação a inscrição “Doador de Órgãos e Tecidos”. Hoje, quem autoriza a doação são os familiares com até o segundo grau de parentesco. “Por isso a abordagem qualificada e humanizada é tão importante para viabilização da doação”, ressalta Sardinha.
Caius Lucilius – Assessoria de Imprensa HC