As drogas K e como agem no organismo


Ciatox alerta para aumento de casos e riscos à saúde

Nos cinco primeiros meses de 2023, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp registrou uma explosão de atendimentos do número de pacientes que utilizaram drogas K – um grupo de substâncias sintéticas produzidas em laboratório com um efeito centenas de vezes mais potentes que o THC, encontrado na maconha.

“A droga K não tem nada a ver com maconha. Apesar dos efeitos serem semelhantes, as substâncias presentes na droga K não existem na maconha e vice-versa”, explica José Luiz da Costa, coordenador executivo do CIATox da Unicamp.

Em entrevista concedida ao programa Direto na Fonte, da Secretaria Executiva de Comunicação (SEC) da Unicamp, José Luiz esclarece sobre a origem, como a droga age dentro organismo, os riscos para a saúde e formas de prevenção.

“Essa droga sintética causa uma intoxicação muito mais intensa, com predomínio de taquicardia, convulsões e alucinações. Geralmente, a morte acontece por problemas cardiovasculares”, alerta.

O CIATox está instalado no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp. Desde 1996, é vinculado à Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e atua como serviço de apoio ao HC da Unicamp. O CIATox é referência em Toxicologia e Toxinologia Clínica na região de Campinas. Atende SAMU, UPAs, UTIs, UBSs e à população geral, em toda área de vigilância epidemiológica e sanitária e toxicovigilância. De 1984 a 2021, o CIATox atendeu mais de 157 mil casos de exposições tóxicas.


Texto e fotografia: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp