Setembro verde é o mês de conscientização e incentivo para a doação de órgãos
Luiz Antônio da Costa Sardinha, médico neurologista e coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO) e Tecidos do Hospital de Clinicas (HC) da Unicamp, é o entrevistado desse mês do podcast Ressonância. Sardinha esclarece e tira dúvidas sobre como é feita a doação, a retirada dos órgãos e a convocação de quem aguarda por um transplante.
“Doar é um ato de bondade. Um único doador pode salvar a vida de várias pessoas, pois é possível doar mais de um órgão e também tecidos”, ressalta Sardinha durante a entrevista. Nos últimos seis anos, a OPO Unicamp realizou 2210 notificações de potenciais doações e 729 delas foram efetivamente doadores de múltiplos órgãos.
Entre os órgãos que podem ser doados, o coração e o pulmão são os que possuem o menor tempo de preservação extracorpórea: de 4 a 6 horas. Fígado e pâncreas vêm em seguida com tempo máximo para transplante de 8 a 16 horas e os rins podem levar até 48 horas para ser transplantados. Já as córneas podem permanecer em boas condições por até sete dias e os ossos até cinco anos.
“Atualmente, a doação de órgãos deve ser consentida. Portanto, não vigora mais a lei que só considerava efetivamente doadores aqueles que tivessem no RG ou na Carteira Nacional de Habilitação a inscrição de Doador de Órgãos e Tecidos. Hoje, quem autoriza a doação são os familiares com até o segundo grau de parentesco”, explica Sardinha.
Setembro é o mês de conscientização e incentivo para a doação de órgãos. Desde 1984, o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp é credenciado pelo Ministério da Saúde para a realização de transplantes. Até 2022, o HC da Unicamp realizou 8.860 transplantes de rim, córnea, coração, fígado e medula óssea.
Ressonância é um podcast em parceria do HC da Unicamp com a SEC Rádio e TV Unicamp. O podcast aborda assuntos de saúde de interesse geral da população, campanhas e entrevistas com especialistas do hospital. A edição desse mês está disponível no YouTube e plataformas de streaming como Spotify, Deezer e outros. Ouça também as demais entrevistas na playlist do HC da Unicamp.
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Texto e fotografia: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp