Metodologia incluiu treinamento prático e teórico
A equipe do Serviço de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (SFTO) do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp realizou no mês de abril a Semana de Capacitação Estratégica Mobilize Nosso Hospital. Cerca de 85 profissionais do SFTO do HC, da equipe de fisioterapia do Hospital da Mulher (Caism) e alunos dos cursos de pós-graduação lato sensu participaram das atividades, dividindo saberes, compartilhando experiências e interagindo em atividades e dinâmicas de prática simulada. O evento recebeu o apoio da Superintendência e da Coordenadoria de Assistência (COAS) do HC.
De acordo com Luciana Castilho de Figueiredo, coordenadora do Serviço de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (SFTO), o objetivo do evento foi implantar medidas de melhoria contínua no processo de trabalho da fisioterapia com a atualização do protocolo e procedimento operacional padrão (POP) de mobilização precoce de pacientes adultos e pediátricos e esclarecimentos sobre a autonomia do fisioterapeuta, disposto na Portaria Crefito-3 nº185/2022.
“As ações envolvidas no projeto de implantação da melhoria contínua incluíram a revisão do processo de trabalho da equipe de fisioterapia do SFTO do HC, criação de critérios de elegibilidade e prioridade para mobilização precoce, otimizar a adesão ao protocolo e execução por meio do POP que foi elaborado pelas equipes dos setores de internação”, explicou Luciana.
A proposta metodológica da implantação da melhoria utilizou o relatório A3 para definir as ações e atividades, incluindo o treinamento prático e teórico do protocolo e POP de mobilização precoce, além da simulação de situações do cotidiano consideradas como barreiras para a mobilização e monitoramento de indicadores.
O encerramento da Semana de Capacitação Estratégica Mobilize Nosso Hospital contou com a palestra Estimulação Elétrica no Ambiente Hospitalar realizada por Ricardo Luis Salvaterra Guerra, fisioterapeuta do Centro de Saúde da Comunidade Unicamp (Cecom).
O evento teve apoio financeiro do GGBS para aquisição de placas com réguas identificadoras da progressão do nível de mobilidade do paciente, cards de consulta rápida com as escalas de força muscular e funcionalidade e mobilidade utilizadas, bem como a disponibilização do fluxograma do procedimento nos setores de internação.
A comissão organizadora responsável pelo evento foi composta por Bruna Scharlack Vian, Camila de Fátima G. de Souza, Daniela C. S. Faez, Fernanda D. M. Galhardo, Juliana S. Torres, Ligia dos Santos R. Ratti, Luciana Castilho de Figueiredo, Marina S. Oliveira, Melissa Sibinelli, Milena Antonelli, Nathália V. A. Santos, Pâmela C. Augusto, Simone F. D. Marques e Vânia G. Carrara.
Mobilização precoce
Dados da literatura científica recomendam a realização da mobilização precoce em pacientes que estão submetidos à internação hospitalar, independente da complexidade e local de internação. As Diretrizes Brasileiras de Mobilização Precoce em Unidade de Terapia Intensiva de 2020 descrevem nível de evidência “A” sobre a redução dos dias de internação de pacientes que foram submetidos à mobilização precoce, por meio de protocolos multiprofissionais definidos e guiados por Procedimento Operacional Padrão.
Em 2023, foram triados mais de 39 mil pacientes e 11% foram elegíveis para mobilização precoce. Até junho de 2024, o STFO triou mais de 29 mil pacientes e 32% foram considerados elegíveis para mobilização precoce.
Texto: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp
Fotografia: SFTO