HC adota protocolo de sepse para reduzir mortalidade


O dia 13 de setembro foi instituído como o Dia Mundial da Sepse, uma doença altamente mortal. No Brasil, são registrados 400 mil casos anuais de sepsemia. Desse total, 240 mil pessoas morrem em decorrência da doença, uma taxa de mortalidade de 60%. Ao tentar combater infecções em qualquer órgão do corpo, o organismo libera respostas inadequadas. As reações podem comprometer o funcionamento do organismo e levar à falência múltipla de órgãos.

“Muito dessa mortalidade está relacionada ao processo de diagnóstico e tratamento. Portanto, é muito importante que se faça o diagnóstico precoce, que se identifique rapidamente essa patologia e que se faça um tratamento otimizado logo no início do diganóstico”, explica Daniel Franci, médico do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.

Para reduzir a mortalidade e aprimorar o atendimento dos pacientes adultos, o HC da Unicamp adotou um protocolo relativo à sepse. A iniciativa começou a ser implementada a partir de abril deste ano por uma equipe multiprofissional. O protocolo estabelece a identificação precoce da doença, o tratamento eficiente e a avaliação constante com base em indicadores para a correção de falhas nos procedimentos.

“Algumas das soluções que implantamos foi a adequação do local de atendimento desse paciente na Unidade de Emergência Referenciada e criação de um kit que contém a primeira dose dos antimicrobianos e os frascos de coleta dos exames”, conta a farmacêutica Mayra Carvalho.

“Ao dar entrada na UER, o técnico da medicação já sabe que ele tem até uma hora para iniciar o antibiótico nesse paciente”, explica a enfermeira Ana Paula Bordin, coordenadora da enfermagem da UER do HC da Unicamp.

O protocolo de sepse do HC conta com a parceria do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), que coordena as ações do Dia Mundial da Sepse no Brasil. O objetivo da campanha é conscientizar a população sobre a doença e reforçar junto aos profissionais de saúde a importância de agir rápido nesses casos. A data foi proposta pela Aliança Global para Sepse (Global Sepsis Alliance).


Edição de texto: Edimilson Montalti – Núcleo de Comunicação HC Unicamp
Produção e reportagem: Silvio Anunciação Imagens: Marcos Botelho Jr. Edição: Dionny Andrade Edição de capa: Paulo Cavalheri Coordenação: Patrícia Lauretti