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Uma pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, que será conduzida no ambulatório de urologia-pediátrica do HC, vai investigar em crianças de cinco a dez anos se a prática de exercícios para reforçar a musculatura do períneo (assoalho pélvico), pode substituir o uso de medicamentos para o tratamento da enurese polissintomática (incontinência urinária), nem sempre eficazes.

O estudo vai avaliar 40 crianças sem tratamento e com tratamento medicamentoso, ao qual apresentam em média três episódios de perda urinária de dia e também à noite. Em geral, a maioria das crianças portadoras dessa alteração são inseguras e sofrem problemas de convívio social com influência na auto-estima.

De acordo com a mestranda e fisioterapeuta Renata Martins Campos, a primeira etapa da pesquisa consistirá no cadastramento de crianças da região e de outros municípios que apresentem o problema. As crianças poderão vir ao HC da Unicamp, caso apresentem essa alteração, nas quartas-feiras para a marcação do atendimento no ambulatório de urologia. “A intenção da pesquisa é estabelecer uma forma alternativa de tratamento para a enurese polissintomática, que foi comprovada em crianças pela literatura internacional”, diz a fisioterapeuta Renata Campos. A expectativa é que após três meses de tratamento fisioterapêutico a criança melhore os sintomas das perdas urinárias.

A tese de mestrado que será orientada pelo professor Carlos D’Ancona (foto) da disciplina de Urologia, vai poder ajudar cerca de 15 a 20% da população nessa faixa etária, que durante o dia ou à noite, manifesta o problema de “pressa de ir ao banheiro”, e muitas vezes não consegue controlar a liberação da urina. Segundo D’Ancona, os tratamentos com remédios tem um custo significativo e apresentam diversos efeitos colaterais como boca seca, distúrbio da visão e intestino preso. “As vezes muitos pais não percebem que os gestos infantis, como sentar de cócoras várias vezes ao dia e cruzar as pernas com freqüência, podem estar relacionados ao problema”, explica o professor.

A expectativa é que após um três meses de tratamento as crianças tenham bons resultados com o tratamento. “Os exercícios são relativamente simples e poderão ser feitos inclusive em casa”, esclarece a fisioterapeuta. Os interessados precisam entrar em contato para agendamento de consulta no ambulatório de urologia pediátrica. O projeto está aberto a todos que tenham enurese polisintomática e queiram participar do estudo.

Caius Lucilius com Bruna Michelle – Assessoria de Imprensa HC

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