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O Ambulatório de Dermatologia do Hospital de Clínicas da Unicamp promove no próximo dia 18 de novembro (sábado), a Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele, com objetivo de detectar lesões suspeitas. O horário de atendimento será das 9 às 15 horas, no ambulatório de Dermatologia do Hospital de Clínicas (3º andar) e será aberto ao público em geral.

Uma equipe de cinco docentes, 10 residentes, alunos da graduação e enfermagem estarão no ambulatório de Dermatologia do HC realizando uma série de exames de pele para todos que comparecerem ao local. Os médicos também estarão prestando orientações sobre a prevenção e a detecção precoce da doença. Depois de avaliado, caso o paciente apresente alguma lesão suspeita será encaminhado para tratamento no HC.

Segundo a dermatologista e coordenadora da campanha, Renata Ferreira Magalhães, a expectativa é que mais de 500 pessoas compareçam na campanha da Unicamp. No ano passado, a campanha realizou 545 atendimentos e diagnosticou 35 tumores. Todos os casos foram tratados e estão em acompanhamento clínico. Os casos mais comuns encontrados ao longo das campanhas foram tumores basocelulares e lesões causadas pela exposição ao sol.

O carcinoma basocelular é o tipo mais frequente, e representa 70% dos casos. É mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar acumulativa durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.

De acordo com a médica Renata Ferreira Magalhães a maior preocupação dos médicos é com os melanomas – o tipo mais perigoso, com alto potencial de produzir metástase. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce. É mais frequente em pessoas de pele clara e sensível. Normalmente, inicia-se com uma pinta escura.

Promovida anualmente desde 1999 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele reúne em todo país mais de 1000 dermatologistas voluntários. Em 2005 foram avaliados 34.928 pessoas, sendo que em 8,9% dos casos foi diagnosticado câncer de pele. No Estado de São Paulo, foram atendidas 13.376 pessoas, sendo diagnosticados 9,4% de casos novos de câncer de pele.

Os sinais de risco para o câncer de pele são:

  • pele clara, sardas ou múltiplas pintas;
  • antecedente pessoal de câncer de pele ou casos de câncer de pele na família;
  • exposição freqüente ao sol no trabalho ou no lazer;
  • pintas enegrecidas, que apresentam cores diferentes, coçam ou sangram ou cresceram rapidamente;
  • feridas que não cicatrizam ou lesões secas e ásperas na pele exposta.

Todos os exames são registrados em um protocolo de atendimento, que permitem o Ambulatório de Dermatologia e a SBD desenvolver estatísticas confiáveis sobre o perfil e as características dos brasileiros que poderiam desenvolver – ou não – o câncer da pele. As pessoas examinadas recebem um panfleto com diversas orientações sobre exposição solar, além de um boné ou uma camiseta da Campanha.

Segundo o INCA – Instituto Nacional do Câncer – a edição 2005 do evento foi a maior campanha da especialidade realizada no país. Em todo Brasil, cerca de 3.000 voluntários estarão unidos por um mesmo objetivo: orientar a população.

Coordenadora da Campanha do Câncer de Pele 2006:

Renata Ferreira Magalhães – Médica da Disciplina de Dermatologia

Fones 3521-7602/3521-7776 ou no site https://sbd.org.br/campanha/

Caius Lucilius com Bruna Michelle – Assessoria de Imprensa HC

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