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O Hospital de Clínicas da Unicamp atingiu no final do ano passado, a marca de 4000 transplantes de órgãos e tecidos realizados desde 1984. O transplante número 4000 foi de medula óssea, realizado no paciente Willians Corrêa, de 37 anos, residente em Campinas, que tinha leucemia mielóide aguda.

Até o final de 2007, os transplantes de córnea lideram com 1.506 procedimentos realizados, seguidos dos transplantes de rim/pâncreas (1.480), de medula óssea (803), de fígado (355) e de coração (14). Dos dez tipos de órgãos e tecidos que podem ser transplantados, o HC da Unicamp não realiza os de intestino, valva cardíaca, ossos e o de pulmões, esse último em fase final de adequação para início ainda em 2008.

Um dos destaques para a área de transplantes neste ano é a conclusão das obras e aquisição dos equipamentos para a UTI de transplantes, que terá 22 leitos e será entregue no segundo semestre. De acordo com Luiz Carlos Zeferino, superintendente do HC, os recursos de R$ 1,2 milhão são da Secretaria de Estado da Saúde e o acréscimo de mais leitos além de aumentar a capacidade de internação para esse tipo de paciente, permitirá realizar transplantes com inter-vivos, aqueles em que o parente se constitui doador do paciente. Cada transplantado fica internado na UTI dez dias em média.

Os médicos da Unicamp foram responsáveis pelo primeiro transplante de rim no Interior de São Paulo, realizado na Santa Casa de Misericórdia de Campinas, um ano antes da transferência dos serviços para as atuais instalações do hospital. Hoje, o HC da Unicamp está entre os hospitais que mais realizam esses procedimentos no país, é um dos 10 no estado de São Paulo e o um dos 10 no estado de São Paulo e o que mais realiza procedimentos no interior. O HC junto com outros nove hospitais universitários no estado faz parte da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do estado.

Nestes 24 anos, as equipes de transplantes do HC da Unicamp desenvolveram grande experiência em transplantes de rins, pâncreas, fígado, córnea, medula óssea e coração, todos de alta complexidade em crianças, adultos e idosos. Os transplantes duplos de rim-pâncreas começaram há três anos. “Mais do que uma comemoração, o evento tem a intenção de chamar a atenção da sociedade sobre a importância da doação de órgãos. É uma oportunidade de devolver às pessoas o direito à vida, um momento de um recomeço”, afirma o coordenador de Assistência do HC, Prof. Manuel Barros Bértolo.

Como em todo o complexo de saúde da Unicamp, o HC além de prestar assistência à saúde, tem por finalidade o ensino médico e a pesquisa. Desde o início das atividades no hospital, os profissionais do HC atuaram no desenvolvimento de inúmeras técnicas de cirurgia e pesquisas para novas drogas imunossupressoras cada vez mais específicas para determinado transplante.

Entre os órgãos que podem ser doados, o coração e o pulmão são os que possuem o menor tempo de preservação extra-corpórea: de 4 a 6 horas. Fígado e pâncreas vêm em seguida com tempo máximo para transplante de 12 a 24 horas e os rins podem levar até 48 horas para serem transplantados. Já as córneas podem permanecer em boas condições por até sete dias e os ossos até cinco anos.

“Os hospitais públicos são os que mais recebem pacientes graves, principalmente vítimas de acidentes. Mas é fundamental que qualquer unidade de saúde, pública ou particular, notifique imediatamente casos de morte encefálica, contribuindo para o aumento do número de transplantes”, afirma o coordenador da Central de Transplantes, Luis Augusto Pereira. São Paulo é responsável por aproximadamente 45% de todos os transplantes realizados no país.

Caius Lucilius com Glaucia Santiago – Assessoria de Imprensa HC

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