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Foram apresentados à imprensa, nesta quinta-feira, 10 de julho, os novos equipamentos de hemodiálise adquiridos pelo Hospital de Clínicas da Unicamp. Com um investimento de R$1,3 milhão, 20 novas máquinas de última geração foram adquiridas em comodato, e já estão em uso desde março. O HC é o terceiro hospital no país a ter máquinas como estas para atendimento de pacientes com doenças renais. Participaram da coletiva o coordenador do CIN – Centro Integrado de Nefrologia da Unicamp, José Butori Lopes de Faria e a nefrologista Eliana Pires do Oliveira Dias.

Além de aumentar o número de atendimentos, a qualidade do tratamento também será melhorada com os novos equipamentos, informa o coordenador do CIN. Segundo Faria, os aparelhos incorporam novas técnicas que proporcionam mais eficiência nos procedimentos o que ampliará o atendimento hospitalar. Hoje são atendidos cerca de 25 pacientes por dia no CIN e com os novos equipamentos este número deve dobrar, além da possibilidade de realizar mais 16 procedimentos agudos e 3 de diálise contínua, diz. O HC é o único hospital na região que oferece atendimento a todos os estágios de doenças renais, desde doença renal leve até os transplantes, e é o terceiro no Brasil a ter máquinas como estas. Dos vinte equipamentos adquiridos, 12 estão em funcionamento no Centro Integrado de Nefrologia e as demais estão no HC para atendimento a pacientes graves internados no hospital.

A nefrologista Eliana Dias ressaltou além do importante aumento no número de pacientes a serem atendidos, o bem estar que não só as novas máquinas, mas também a reforma na sala de hemodiálise proporcionam ao paciente. “A aparelhagem nova, as novas cadeiras, o novo ambiente, a comodidade no atendimento aos pacientes, contribui muito para o bem estar e qualidade no tratamento destas pessoas”, afirma Eliana. De acordo com a nefrologista, a melhora dos procedimentos deverá ser mais sentida pelos pacientes com quadro agudo, já que 90% deles fazem terapias de diálise. Disse, porém, que os cuidados não devem se restringir à diálise, que desempenha funções que os rins não conseguem mais realizar. É necessário que o paciente faça um bom acompanhamento nutricional, psicológico e médico. “O paciente, sobretudo o renal crônico, precisa contar com o apoio de uma coesa equipe multidisciplinar. Isso porque hoje a sobrevida destes pacientes pode exceder os 20 anos de tratamento”, comentou Eliana.

O Centro Integrado de Nefrologia da Unicamp tem como objetivo o cuidado completo do paciente renal, iniciando o atendimento em ambulatórios especializados, que permitem um diagnóstico precoce e o acompanhamento em todas as fases da doença renal crônica. O cuidado integral do paciente é realizado por meio de um programa educativo, com a participação de uma equipe multidisciplinar, que ampara de forma humanitária o paciente e seus familiares. Além disso, o CIN é norteado para o desenvolvimento de novas tecnologias para o tratamento de pacientes renais, possibilitando o acesso a todas as modalidades terapêuticas como: diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD), diálise peritoneal automática (DPA), hemodiálise e o transplante renal.

No momento, o grupo do CIN está envolvido com vários projetos multicêntricos de protocolos clínicos, entre eles os estudos de prevenção às doenças e de desenvolvimento de novas drogas imunosupresoras para transplantados. “O grande desafio da área é a prevenção, mas no futuro, estamos esperançosos com a geração de órgãos através da terapia gênica, principalmente através das células tronco do próprio paciente”, comenta Butori.

Dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 60.000 brasileiros são portadores de doença renal crônica terminal e necessitam hoje de tratamento dialítico. Segundo estudos, as principais prevalências da doença renal crônica são pacientes idosos, hipertensos, diabéticos e com glomérulo nefrite.

Caius Lucilius com Gláucia Santiago
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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