O coordenador do Fórum DTS e Aids da Unicamp, Saulo Augusto Pereira Filho, disse nesta sexta-feira, no auditório do HC, que as campanhas na Universidade têm ajudado nas ações de prevenção. Apesar disso, ainda em números nacionais tanto a Aids quanto as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são reflexo do muito o que resta a ser feito. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2007, 433.067 pessoas viviam com Aids no Brasil, sendo que apenas 125.000 estavam em tratamento. No caso das DST, 1.967.200 tinham clamídia e, mais de 1.500.000, gonorréia no mesmo período. Além disso, ressaltou Saulo, 1 pessoa morre pela Aids a cada 10 segundos no mundo. A idéia, afirmou, não é assustar as pessoas, mas conscientizá-las, já que a cura ainda não foi alcançada.
Saulo abordou na palestra, promovida pela Cipa-Funcamp, os mitos da Aids, a vulnerabilidade, o consumo de álcool e drogas e as tendências da epidemia, entre outros assuntos. Mesmo hoje não havendo muitas novas informações sobre o tema, a conscientização é um instrumento auxiliar para esclarecer a população. “Atualmente, a tendência da epidemia é sua manifestação predominante em mulheres e em estudantes universitários. Daí a importância de termos uma campanha permanente na Unicamp”, comentou.
No próximo ano, o Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) deverá inaugurar um CTA (Centro de Testagem Anônima) em suas dependências. Os testes de HIV já são realizados gratuitamente no Centro Corsini e no Coas, bem como oferecem à comunidade apoio e orientações psicológicas.
Dia Mundial
O coordenador do Fórum DST e Aids deve repetir nesta sexta a palestra “DST e Aids: e eu com isso?” às 15 horas, no auditório da Funcamp, antecipando as atividades do Dia Mundial Contra a AIDS, comemorado no dia 1 de dezembro. Já no Dia Mundial (segunda), o Fórum DST e Aids da Unicamp realizará às 11 horas, na Praça da Paz, a abertura oficial do evento. Estão previstas várias atividades no campus de Campinas, onde serão distribuídas camisinhas e uma manifestação da comunidade universitária que consistirá em abraçar a praça em apoio à iniciativa. A seguir, acontece uma apresentação musical do grupo de percussão Bateria Alcalina.
A Comissão Interna de Prevenção em DST/AIDS do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) também planejou distribuição de camisinhas e de material educativo na recepção do Caism, das 11 às 14 horas, horário que também haverá uma palestra abordando os significados psicossociais do diagnóstico de HIV e do impedimento da amamentação para gestantes, proferida pela enfermeira Nara Regina Bellini (do SADP). As atividades encerram-se no dia 4, às 10h30, no anfiteatro do Caism, com uma fala da obstetra Eliana Amaral sobre o “HIV na mulher: onde estamos e para onde vamos?”, uma das incentivadoras do Fórum da Universidade.
Isabel Gardenal (texto), Divulgação (fotos) e Everaldo Silva (edição das imagens)
Assessoria de Imprensa do UNICAMP