O HC da Unicamp entra na segunda semana de janeiro com a expectativa de contratação de seis médicos anestesistas em caráter de urgência. O interesse dos especialistas é decorrente de uma, das diversas ações, que a Superintendência do hospital, a Faculdade de Ciências Médicas e a reitoria estão assumindo juntas, para minimizar o impacto da falta desses profissionais nos quadros da instituição. Neste final semana foram divulgados anúncios de vagas em quatro grandes veículos de circulação nacional e um regional.
No início das atividades do hospital, em 05 de janeiro, a Superintendência foi surpreendida por uma paralisação dos médicos residentes das especialidades cirúrgicas devido à suspensão de 35% das salas para cirurgias eletivas no mês de janeiro. A decisão da suspensão das salas foi acordada em dezembro, entre a Superintendência, Colegiado do Centro Cirúrgico e Departamento de Cirurgia da FCM. O Hospital realiza em média 45 cirurgias/dia entre eletivas, urgências e ambulatoriais.
O superintendente do HC, Luiz Carlos Zeferino, esclarece que um dos problemas para manutenção dos profissionais no HC era o salário. A partir de agora e baseado em um estudo de mercado, diz, o hospital e a Universidade aprovaram um ajuste dos salários dos médicos anestesistas. A medida permite, assim, compatibilizar os salários com a média praticada na Região. “Estamos tomando uma série de medidas para equacionar o problema principal, que é a falta de médicos anestesistas nos quadros da instituição e somente na semana passada fizemos onze reuniões com todas as áreas envolvidas”, explica o superintendente Luiz Carlos Zeferino.
Segundo o professor Luiz Carlos Zeferino, superintendente do HC, o hospital tem enfrentado nos últimos dois anos, dificuldades em contratar médicos anestesistas, mesmo promovendo seis concursos neste período para preenchimento das vagas. O hospital possui 35 vagas e mantém hoje 25 profissionais trabalhando. “O problema da falta de profissionais dessa especialidade se repete em outras regiões do Estado como São José do Rio Preto”, comenta Zeferino.
Diante desse cenário, explica Zeferino, foi necessário suspender cirurgias ao longo do segundo semestre, que atingiu 35% das salas para cirurgias eletivas no mês de janeiro. Em fevereiro, novos médicos anestesistas aprovados no último concurso de 2008, assumem no hospital. “Com isso, previsão de redução de salas diminuirá para 15,4% em fevereiro. Nossa expectativa é ter as atividades normalizadas até o final do primeiro semestre de 2009”, destaca Zeferino.
Outro impacto que começa a ser sentido no hospital este ano é o investimento de R$ 14 milhões, recursos oriundos da Secretaria de Estado da Saúde do Governo de São Paulo e da Universidade, para aquisição e modernização de equipamentos. Cerca de R$ 6 milhões de equipamentos já foram entregues em 2008, e outros R$ 4 milhões aguardam a liberação da importação. Exclusivamente para o centro cirúrgico, já foram investidos desde 2006, R$ 3,2 milhões em equipamentos e infraestrutura.
A Superintendência do Hospital de Clínicas da Unicamp esclarece que não tem medido esforços para manter um atendimento digno aos pacientes recebidos no hospital, e por isso conta com a compreensão da população até que a situação se normalize.
Caius Lucilius
Assessoria de Imprensa do HC UNICAMP