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O Hospital de Clínicas da Unicamp atingiu a meta da Central Nacional de Transplantes, orgão do Ministério da Saúde, de zerar a fila de transplantes de córnea. O êxito se deve ao trabalho eficiente da Organização de Procura de Órgãos – OPO junto aos assistentes sociais do hospital e às campanhas de divulgação na busca ativa de doadores, para assim promover o aumento efetivo do número de captações, causa principal das filas de espera. O Banco de Olhos da Unicamp começou a transplantar em 1991, e a partir de 2000 o CNCDO, Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, passou a distribuir as córneas pelo SNT, Sistema Nacional de Transplantes. Desde o primeiro ano, em que foram realizadas 35 cirurgias, até 2008, com 109, o HC transplantou 1.568 córneas.

De acordo com a oftalmologista Denise Fornazari, responsável pelo Banco de Olhos do HC da Unicamp, apenas 15% das doações são espontâneas e a grande maioria depende da busca ativa da OPO, que é responsável pela captação e abordagem da família. “Estas doações são gerenciadas pela Secretaria da Saúde e enviadas para a Central de Transplantes, que as distribui para as filas regionais. No Estado de São Paulo existem quatro destas filas, uma na Grande São Paulo, outra na Região de Campinas e Sorocaba, na área de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, e por fim em Botucatu e Marília”, explica a oftalmologista.

O neurocirurgião Helder Zambelli, que também é coordenador do OPO, realça a importância dos assistentes sociais no aumento de doadores de córnea dentro do hospital. “O serviço social se engajou neste processo. É o grande responsável pelo aumento de doações no HC, onde realiza o trabalho de campo de maneira efetiva”. Segundo ele, o número de doadores de múltiplos órgãos aumentou 30% no último ano, o que leva ao crescimento da cultura de doação, principalmente a de córnea, que se beneficia por não se relacionar exclusivamente à de morte cerebral.

Hoje, a fila em todo o Estado possui cerca de 190 pacientes, número pequeno se comparado às 6207 cirurgias realizadas em 2008, o que culmina na rapidez de atendimento e redução da espera. Antes, como a fila era muito longa, os pacientes eram orientados a se inscreverem no início do tratamento, pois na eventualidade de complicações, estariam próximos à cirurgia. “Havia um inchaço artificial que não ocorre mais, uma vez que o paciente entra na fila, logo é agendado o transplante”, conta Denise Fornazari, que espera manter a fila zerada.

Caius Lucilius com Marita Siqueira
Assessoria de Imprensa do HC UNICAMP

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