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O dia 21 de junho foi instituído como “Dia Nacional de Controle da Asma”. No Hospital de Clínicas da Unicamp são atendidos em média cerca 40 pacientes asmáticos por semana, número que se eleva no inverno, período do ano em que o tempo é mais frio, seco e a poluição se agrava. A asma é uma doença de prevalência crescente, adquirindo dimensões de um problema de saúde pública. Estima-se que 20% da população mundial seja portadora de Asma é a doença crônica na infância de maior prevalência, após a desnutrição.

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, tubos que dão passagem ao ar, e que se acompanha de crises repetitivas com episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito e dificuldade para respirar. Os indivíduos mais susceptíveis e que mais sofrem com a doença são crianças e idosos. Segundo o DATASUS, a asma está entre as cinco principais causas de hospitalização pelo SUS, responsabilizando-se por mais de 400 mil internações/ano em todo o país.

De acordo com a pneumologista e emergencista Mirella Povinelli, nessa época além do aumentar em 30% o número de atendimentos na Unidade de Emergência Referenciada do HC, a gravidade dos casos também se intensifica. No entanto, explica Mirella, para que a doença se desenvolva é preciso ter uma predisposição genética somada a fatores ambientais. “Quando expostos a estímulos que desencadeiam as crises de asma, as vias aéreas se tornam edemaciadas, estreitas, cheias de muco”, esclarece.

A presença desses desencadeadores causa o inchaço, a presença de muco e o estreitamento das vias aéreas dificultando a passagem de ar, sintomas da asma nos momentos de crise. A exposição a ambientes poluídos, a convivência com fumantes e pacientes que possuem outras infecções virais, aumentam a chances da doença se manifestar. Em contrapartida, o aleitamento materno prolongado – no mínimo seis meses – faz com que reduza a possibilidade de se desenvolver a doença.

Segundo a médica Gisele Nunes Yonezawa, da disciplina de Pneumologia da FCM, a asma é uma doença crônica, portanto não tem cura, assim como a hipertensão e diabetes, mas ela pode ser controlada através de medidas ambientais e remédios. “Para prevenir é importante que haja um bom controle de limpeza, tanto do ambiente como das roupas, principalmente no inverno. Além disso, os asmáticos devem tomar anualmente a vacina da gripe”, alerta a médica.

De acordo com Gisele Yonezawa, o tratamento implica em mudança de hábitos e de estilo de vida, sendo indispensável o uso regular de broncodilatadores, mais conhecidos como “bombinhas”, e nos momentos de crise, os broncodilatadores de resgate, cuja ação é mais curta. Caso a crise não seja controlada, é preciso procurar por um médico. A partir do próximo ano, o Hospital de Clínicas da Unicamp vai contar com uma equipe multidisciplinar no atendimento ambulatorial, com profissionais de enfermagem, nutrição e fisioterapia.

Caius Lucilius e Marita Siqueira
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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