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O estudo sobre hipertensão resistente deu ao doutorando da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Juan Carlos Yugar Toledo, cardiologista especialista em ecocardiografia, o prêmio de melhor trabalho científico no Congresso da Sociedade Européia de Hipertensão no mês passado em Milão, na Itália. O trabalho, orientado pelo professor Heitor Moreno Júnior, da Disciplina de Medicina Interna, estudou a detecção precoce de lesões cardiovasculares em pacientes com hipertensão resistente, linha de pesquisa e atividade assistencial do Ambulatório de Farmacologia Cardiovascular do Hospital de Clínicas (HC), desenvolvidas em colaboração com a Disciplina de Cardiologia e Medicina Interna. Esse trabalho será apresentado novamente no final de agosto, no Congresso Mundial de Cardiologia, em Barcelona, na Eha.

Segundo Heitor Moreno, a quantidade de hipertensos resistentes vem aumentando progressivamente os últimos 10 anos em função das comidas industrializadas (ricas em carboidratos e sal), o sedentarismo, a obesidade e o consumo de álcool. Hoje, estima-se que de 15% a 17% dos hipertensos brasileiros são resistentes, ou seja, tomam mais de três classes diferentes de antihipertensivos e sua pressão arterial excede o limite de 140 por 90 com certa freqüência. Estes pacientes de alto risco são o alvo de estudos desenvolvidos no âmbito do Laboratório de Farmacologia Cardiovascular da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e do Ambulatório de Hipertensão Resistente do Hospital de Clínicas (HC).

A doença ocorre devido à contração dos vasos sanguíneos arteriais, por onde o sangue circula. A hipertensão se manifesta geralmente a partir dos 40 anos e atinge 25% da população adulta, tanto homens quanto mulheres. Em 70% dos pacientes as causas permanecem desconhecidas e são descobertas ocasionalmente, e em apenas 30% dos casos os pacientes sentem dores de cabeça, enjôos, e até mesmo enfartos e derrames. “Por isso a hipertensão é uma vilã silenciosa”, conta o cardiologista.

Outros dois trabalhos de Juan e colaboradores mereceram, em 2004, prêmio no XXV Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), realizado em Campos do Jordão. Dentre 300 trabalhos apresentados, a Universidade recebeu o prêmio de melhor trabalho científico, com a pesquisa “A inibição da fosfodiesterase 5 aumenta a biodisponibilidade de GMP-cíclico na miocardiopatia hipertensiva induzida por L-NAME em ratos Wistar” e destaque em hipertensão arterial com a pesquisa “Hipertensão Arterial grau I com atividade plasmática de renina baixa associa-se a disfunção vascular dependente e não dependente de óxido nítrico em humanos”.

Caius Lucilius e Marita Siqueira
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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