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Os diretores das faculdades de medicina da Unicamp, USP e Unesp estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (5), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, para conversar com os docentes, alunos e funcionários sobre a autarquização da área da saúde da Unicamp. A área da Saúde da Unicamp é composta pelo Hospital de Clínicas, Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Hemocentro e Gastrocentro. A proposta é desvincular a área da saúde da Secretaria de Ensino Superior e passá-la para a Secretaria de Estadual de Saúde. “A motivação para essa discussão é a limitação de financiamento que nós temos para a área da Saúde. Essa discussão poderá ou não culminar com a decisão de transferência para outra instância, que não a Universidade. Dependerá de como avançarmos nos entendimentos e esclarecimentos”, disse o diretor da FCM, José Antonio Rocha Gontijo.

A Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu foi criada nos mesmos moldes que a FCM da Unicamp, em que o Hospital de Clínicas é vinculado à Universidade. Desde a sua criação, na década de 1950, e seu funcionamento como hospital-escola quase 20 anos depois, a administração do Hospital de Clínicas da Unesp de Botucatu passa por um processo de autarquização, já numa fase mais adiantada. “A questão do hospital universitário deveria ter sido discutida com o advento do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988. A situação de hoje impede o hospital de crescer e atender os três milhões de pessoas da região de Botucatu. Já discutimos com a comunidade da área da saúde as vantagens e problemas da autarquização. Agora, quem vai decidir, é a congregação da Faculdade”, explicou o diretor da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu, Sérgio Swain Muller.

Experiência diferente tem as Faculdades de Medicina da USP de São Paulo e Ribeirão Preto. Os Hospitais de Clínicas de ambas as faculdades já nasceram como autarquias da Secretaria de Estado da Saúde. O diretor da Faculdade de Medicina e presidente do conselho deliberativo do Hospital de Clínicas da USP de São Paulo, Marcos Boulos, disse que o sistema de autarquia funciona muito bem há 65 anos e que o superintendente do hospital é escolhido a partir de uma lista tríplice indicada pelos membros da Congregação da Faculdade. “Nós somos em 300 docentes e lidados com dois mil médicos e três mil leitos hospitalares. Hoje, nós funcionamos como complexo acadêmico de saúde com financiamento da iniciativa pública e privada”, falou Boulos.

Na opinião do diretor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Benedito Carlos Maciel, a grande vantagem do Hospital de Clínicas ser uma autarquia está na agilidade do repasse de verbas para atendimentos de urgência como, por exemplo, a pandemia do vírus H1N1. “Dessa forma, o hospital passa a ter respostas rápidas para o atendimento da população, e não fica engessado no custeio de equipamentos, insumos e contratação de profissionais”, frisou Maciel.

O superintendente do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, Luiz Carlos Zeferino, falou sobre a questão da autarquização e os benefícios dessa modalidade de gestão do complexo da área da saúde para a população de Campinas e região para o Portal da Unicamp. Na parte da tarde desta quarta-feira, Zeferino, Gontijo e Oswaldo Grassiotto, do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) da Unicamp, debatem a proposta com a comunidade da área da saúde no auditório da FCM.

Edimilson Montalti (texto), Antonio Scarpinetti (fotos) e Everaldo Silva (edição de imagens)
ASCOM

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