Uma série de atividades educativas e informativas direcionadas à conscientização da população em geral em comemoração ao Dia Nacional do Doador de Órgãos, que acontece no próximo dia 27, estão ocorrendo na cidade desde a última quinta-feira. As ações desse ano envolvem além da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do HC, a Prefeitura de Campinas, Lions Clube, Associação Renais Crônicos de Campinas (ARCC), Associação de Assistência aos Portadores de Hepatites, Candidatos e Transplantados Hepáticos do Estado de São Paulo – APOHIE, Câmara Municipal de Campinas, Laboratório DMS Burnier, Exército, Hemocentro e Unimed Campinas.
Segundo o neurocirurgião e coordenador da OPO-HC, Hélder Zambelli, nos últimos anos houve um avanço expressivos no número de transplantes realizados em Campinas. “Temos estabelecido parcerias importantes e isto é essencial para o nível de conscientização que a população tem alcançado sobre o tema”, informa. Helder enfatiza que desde a implantação da OPO, a primeira em captação das centrais do interior do Estado, já são mais de quatro mil transplantes realizados.
A primeira parte do evento desse ano aconteceu no plenário da Câmara de Vereadores e reuniu gestores e servidores do Sistema Único de Saúde (SUS) de Campinas, pacientes transplantados e suas associações representativas, Organizações Não Governamentais (ONG), presidência do Conselho Municipal de Saúde, além da OPO Unicamp. “Temos um trabalho especial a realizar com profissionais de saúde já que é por eles que passam os potenciais doadores”, afirma Zambelli.
O HC da Unicamp é um dos 10 hospitais universitários do Estado de São Paulo, integrantes da Organização de Procura de Órgãos (OPOs), que foram escolhidos para coordenar regionalmente as tarefas relativas a captação de órgãos, busca ativa, contato com as famílias e cuidado com o doador. A lista única do interior do Estado é centralizada no HC da USP-Ribeirão Preto.
Os transplantes de córnea lideram os procedimentos no HC da Unicamp seguidos dos transplantes de rim/pâncreas, de medula óssea, fígado e de coração. Dos dez tipos de órgãos e tecidos que podem ser transplantados, o HC da Unicamp não realiza os de intestino, valva cardíaca, ossos e o de pulmões, esse último em fase final de adequação para início em 2010.
“A OPO da Unicamp surgiu em 1993 e após a regulamentação da lei de doação em 1997 teve papel fundamental para o desenvolvimento na captação e transplantes em Campinas e região. Bem estruturada, a OPO cresceu muito. Hoje somos a primeira em captação das centrais no interior de São Paulo”, informa Helder Zambelli, coordenador da OPO – HC da Unicamp.
Atualmente, cerca de 70 mil brasileiros aguardam por um órgão na lista de espera do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Somente no Estado de São Paulo, são 2,5 mil pessoas a espera de fígado, 100 de coração e 10 mil de rim. Para melhorar a doação de órgãos é que cada pessoa converse com a sua família e que esse tema seja divulgado nas escolas, nas comunidades, entre outros. “O papel familiar na doação é fundamental, pois somente eles podem autorizar a retirada dos órgãos,” finaliza o médico.
Caius Lucilius e Mariana Marciano
Edição da imagem: Alexandre Silva
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp