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Em um dia ensolarado e de temperatura amena, mais de 1000 pessoas participaram das atividades da II caminhada de prevenção à obesidade, promovida pelo grupo multidisciplinar do Ambulatório de Cirurgia Bariátrica do HC da Unicamp. O evento aconteceu neste domingo (4/10) durante toda a manhã, na Lagoa do Taquaral, em Campinas e contou com a presença de profissionais do hospital prestando orientação nutricional, cálculo de IMC (Índice de massa corpórea), teste de glicemia (Diabetes), teste de acuidade visual, medida de pressão arterial e técnicas de alongamento. O coordenador de assistência do HC, professor Manoel Barros, representou a superintendencia do hospital. todos os casos novos pré-diagnosticados foram cadastrados para atendimento no HC da Unicamp.

Segundo o coordenador da caminhada, professor Elinton Chaim, para ajudar nas orientações ao público estarão presentes no evento médicos, alunos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e professores e alunos da Faculdade de Educação Física da Unicamp. “Não há uma idade específica para a participação no evento já que a caminhada tem como propósito alertar a população em relação aos riscos para a saúde acarretados pela obesidade”, esclarece o gastrocirurgião Chaim.

Ambulatório de Cirurgia Bariátrica do HC da Unicamp iniciou as atividades em 1998 e já realizou mais de 700 cirurgias bariátricas. Desse total em média, a maioria (85%) são mulheres e 92 por cento delas tinham entre 20 e 40 anos. De cada dez obesos mórbidos cadastrados no HC, nove são mulheres. Aproximadamente 50% deles são diabéticos e quase 90% têm hipertensão. A faixa etária média é de 35 anos.

O professor Chaim ressalta que a obesidade é um problema de saúde pública que precisa ser ampliado. Além disso, completa, é importante mostrar o quanto o sedentarismo pode agravar problemas de saúde relacionados ao excesso de peso. “A realização da caminhada e dos exercícios físicos diariamente são atitudes simples com bom efeito na prevenção da obesidade”, explica Chaim.

A equipe de gastrocirurgia do Hospital de Clínicas e do Hospital Estadual de Sumaré (HES) realiza oito cirurgias bariátricas por semana. A fila de espera por este procedimento foi reduzida pela metade. Antes do processo cirúrgico, os pacientes atendidos no Ambulatório de Obesidade participam do grupo multidisciplinar composto por nutricionistas, psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas, enfermeiros e médicos.

Estudos realizados nos EUA mostraram que a doença aumenta em até 12 vezes o risco de morte. “A obesidade é uma doença que precisa ser tratada como uma das prioridades pelas autoridades de saúde do país. Precisamos de mais programas de prevenção, para que as pessoas não cheguem a uma situação de nem poderem sair de casa”, diz Chaim que acrescenta “A cirurgia bariátrica não pode ser vista como modismo da estética, já que apresenta risco de mortalidade no operatório e pós-operatório”.

O Ambulatório de Cirurgia Bariátrica do Hospital de Clínicas atende uma média de 150 pessoas por mês com excesso de peso (IMC entre 25 e 35) ou obesidade. Os pacientes fazem uma entrevista inicial e são encaminhados para um tratamento que implique a cirurgia ou não. Antes da definição da cirurgia, os pacientes são obrigados a passarem por um programa disciplinar pré-operatório multidisciplinar formado por psicólogo, psiquiatra, nutricionista, assistente social, fisioterapeuta e enfermeira além dos médicos, que acontece semanalmente no HC e mensalmente no ginásio da Unicamp. Quem entra no programa da Unicamp tem que perder 20% do peso (80% de sucesso).

Caius Lucilius
Assessoria de Imprensa do HC Unicamp

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